Drummond e o escritor modernista: a memória sem espetáculo
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v1i42.36765Resumo
RESUMO: Na década de 1950, o escritor Carlos Drummond de Andrade, assim como outros escritores de sua geração se voltam para o debate e a elaboração de livros de memórias. Frente aos novos artistas e a incipiente sociedade de espetáculo e cultura de massas, o poeta reage por meio de textos publicados em sua coluna no jornal Correio da Manhã. A partir de tal contexto, o artigo busca observar e refletir sobre como a construção literária mediada pela ideia de memória acaba por ser uma forma de combate aos novos objetos de exposição da modernidade universalizante, cuja emergência se filia à indústria do entretenimento, o que pode ser verificado nas reflexões do poeta.
PALAVRAS-CHAVE: Memória; Espetáculo; Escritor; Drummond; Modernistas
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