O CU RUTILANTE - ENTRE O SENTIDO E O ESQUIZOFRÊNICO EM A OBSCENA SENHORA D
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.6588Resumo
Pretendo, neste artigo, analisar a obra A obscena senhora D, da autora Hilda Hilst, a partir de conceitos enredados no fenômeno da escrita esquizofrênica pós-moderna. A personagem principal trava uma espécie de batalha cósmica com a realidade que se encontra demasiado afogada nas ilusões metafísicas humanas. Ela se lança freneticamente a uma busca incessante da pureza do mundo e do sentido deste, que lhe foi negado. É nesse ponto que o produzir próprio ao mundo esquizofrênico se impõe: pela tentativa de sufocar a alma com o calor insuportável da matéria. Consumida pela angústia de se aproximar de Deus, move-se ao fundo da matéria, até o escatológico – ponto cego da obra, “os baixos” – em que o cu lhe afigura como portal da divindade.Downloads
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Publicado
19-12-2010
Edição
Seção
Artigos (Dossiê)
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