A ALMA SINFÔNICA. PROÊMIO À QUESTÃO DA MÚSICA NA REPÚBLICA DE PLATÃO (II E III)

Autores

  • Adolfo Miranda Oleare Ufes

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.6600

Resumo

Numa consideração de caráter ontológico, que contempla simultaneamente os campos do que se conhece hoje como Ética, Estética, Política e Pedagogia, Platão mantém-se tradicional ao basear na música a formação da boa alma daqueles cidadãos cuja natureza conduz à classe dos governantes de sua cidade ideal, pois é por meio dela que se irá temperar devidamente o caráter dos chefes da cidade, os guardiões, aos quais se oferecerá, posteriormente, sólida formação dialética. Decorrente de um tal fim, o programa pedagógico-musical da República estabelecerá, contra a tradição, um modelo que terá entre suas características básicas a negação da flauta, instrumento atribuído à embriaguez, impulso originário do deus Dioniso. Serão adequadas à educação dos futuros guardiões a lira e a cítara, instrumentos de Apolo (399e), deus da individuação, princípio sobre o qual se funda aquela cidade, calcada no pleno domínio de uma única técnica por cidadão.

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Publicado

19-07-2010

Edição

Seção

Artigos (Clipe)