MACHADO, NARRADOR-CRÍTICO
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.6615Resumo
Quando um autor é homenageado no topo do cânone, é interessante revisar seus métodos de construção da obra investigando não sua obra prima mas crônicas e contos da juventude, textos publicados na imprensa e nunca incluídos em livros. Machado de Assis colaborou regularmente nos jornais e os editores de revistas femininas freqüentemente exigiam estórias sedutoras. Assim ele escreveu muitos enredos para o Jornal das Famílias que lhe serviram de laboratório literário. Tenta-se mostrar, aqui, que, mesmo nesses exercícios apressados, a escrita machadiana dobrava a fantasia em reflexão. A sua era uma prosa especulativa, ávida de questionar o poder comunicativo do discurso revelando sua margem impossível de decifração. Os comentários semanais leves e engraçados e as estórias para entretenimento, abandonadas nas coleções de jornais velhos, constituem um legado que não se descarta, pois permanece como dádiva e desafio para os leitores de hoje.Downloads
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Publicado
19-12-2008
Edição
Seção
Artigos (Dossiê)
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