PLATÃO, MÃE DE MIGUILIM

Autores

  • Adolfo Miranda Oleare Ufes

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.6666

Resumo

Trata-se de analisar, panoramicamente, uma série de avaliações conferidas por Nietzsche a termos filosóficos tradicionais como “verdade”, “mundo sensível”, “mundo inteligível”, “linguagem”, “razão pura”, “ser”, “consciência”, “vontade livre”, entre outros, igualmente capitais para o edifício conceitual da metafísica fundadora do Ocidente. Para tanto, o texto acompanha o modo caricatural e estridente de Nietzsche demonstrar sua convicção de que as concepções metafísicas de conhecimento e verdade são ficções motivadas por pressupostos dogmáticos de inspiração estritamente moralista sacerdotal, ou seja, de que o império filosófico da razão tem por princípio a fé, e como fim o domínio daquilo que considerou ser a realidade. Daí, pode-se ver que, para Nietzsche, apesar das distinções disciplinares, a filosofia sempre misturou metafísica (enquanto determinação do ser, isto é, dos princípios do que acontece) e moral (enquanto determinação do dever ser, isto é, das leis do que deve acontecer). Sua obra passa ao largo dos seccionamentos que desde o período clássico marcaram a filosofia (campo de investigação inicialmente tripartido em Ética, Lógica e Física), gerando exigências bastante especiais de leitura. Nietzsche lê a narratividade dos filósofos, de cujas tramas adverte ser preciso extrair aquilo que fortemente quer o quem da fala.

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Publicado

19-12-2007

Edição

Seção

Artigos (Clipe Especial: Literatura e Filosofia)