A HETEROAUTORIA DE CRISTOVÃO TEZZA
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.8265Resumo
RESUMO: Este artigo acompanha os passos da subversão do “pacto autobiográfico”, proposto por Philippe Lejeune em 1975, a partir da análise do romance O filho eterno (2007), de Cristovão Tezza, livro que ilustra os paradigmas da escrita autobiográfica e a formação de novos pactos. Para tal, nos valemos das explanações desenvolvidas pelo próprio Tezza em O espírito da prosa (2012) – ensaio em que o escritor tenta definir a prosa à medida que revê sua formação intelectual – e das reflexões de outros teóricos, como Foucault, Bourdieu e Paul De Man, que pensam a presença da ficção e da não-ficção na literatura. Dessa forma, indicamos que a subversão autobiográfica de Tezza tem raiz em um pacto ficcional sustentado pela criação de um ponto de vista em que o autor, ao falar de si na terceira pessoa, ficcionaliza-se e origina o que podemos chamar de heteroautoria.
PALAVRAS-CHAVE: Romance brasileiro contemporâneo. Cristovão Tezza – O filho eterno. Literatura – Autobiografia. Literatura – Pacto autobiográfico. Literatura – Pacto ficcional.
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