O lugar líquido: a desmistificação da concepção de lar em “Vizinhas”, de Teolinda Gersão
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.20526Abstract
Confiança e liberdade: essas duas sensações e seus contrários permeiam os vínculos de parentesco e afinidade vividos de forma radical no conto “Vizinhas”, da escritora portuguesa Teolinda Gersão. Por meio de uma linguagem sublime, o texto oferece uma leitura intensa da ideia de lar como um “lugar sem lugaridade”, em decorrência de “líquidas” relações afetivas no âmbito familiar pela perspectiva das matriarcas idosas. Tendo por objetivo maior a análise da categoria espaço no conto em tela, este trabalho se filiará aos estudos da Geografia Humanista Cultural, complementados pelos conceitos de lugar, topofilia e lugar-sem-lugaridade e na tese da “modernidade líquida”, sustentada por Zygmunt Bauman, em função da complexidade das relações no mundo contemporâneo.
PALAVRAS-CHAVE: Teolinda Gersão. Lugar. Modernidade líquida.
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