A imagem apórica e antidialética do muro em três autores modernos da literatura portuguesa: Cesário Verde, Raul Brandão e Fernando Pessoa

Autores

  • Joana Souto Guimarães Araújo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET/MG

Resumo

RESUMO: O artigo propõe leitura comparativa entre textos escolhidos de três autores modernos portugueses: Cesário Verde, Raul Brandão e Fernando Pessoa, os quais problematizaram a imagem do muro no contexto de caracterização das novas experiências na cidade moderna, com seus novos dados da consciência, percepção do tempo e do espaço. Conforme nossa leitura, o muro aparece nos textos analisados como uma imagem antidialética para aludir, alegoricamente, a uma relação de aporia do sujeito ou dificuldade na formação da subjetividade. A imagem pode ser lida como “hipericônica”, ou seja, icônica do próprio processo de produção de imagens. De modos distintos, mas com alguns pontos de contato, os autores pensaram na constituição da imagem para além dos moldes tradicionalmente dialéticos de estruturar a visualidade, com o intuito de examinar a consciência e propor novas representações diante da dificuldade de apreensão do real e da descrença em torno do sujeito cognoscente.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura moderna portuguesa. Imagem poética. Crise. Dialética.

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Publicado

20-07-2021