Estética negra e recordação afetiva em A Copa Frondosa da Árvore, de Eliana Alves Cruz
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.30154Resumen
RESUMO: Este artigo propõe-se à análise da representação da estética negra em “A copa frondosa da árvore”, de Eliana Alves Cruz. A partir das noções apresentadas por bell hooks (2005), verifica-se como os rituais de beleza marcam a infância, bem como a união das mulheres negras em torno do compartilhamento de dores e de conhecimento. A poética em análise é pautada na alegoria que contrasta o ritual de dor, narrado com doçura, com a árvore cujas partes aludem ao corpo negro. O aporte teórico baseia-se nas noções apresentadas por Aleida Assman (2011), Lívia Natália (2018), Vilma Piedade (2017), Édouard Glissant (2005), entre outros. Conclui-se que a narração da protagonista sobre aquele momento da infância, o trançar os cabelos, retoma um contexto de construção da relação com a avó, formando-se uma * Jéssica Catharine Barbosa de Carvalho é Doutoranda em Letras no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Piauí (UFPI). * Cleide Silva de Oliveira é Mestra em Letras pela Universidade Federal do Piauí. Professora vinculada à Secretaria de Educação do Estado do Piauí (SEDUC-PI). * Alcione Corrêa Alves é Doutora pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Contexto (ISSN 2358-9566) Vitória, n. 37, 2020/1 75 recordação afetiva criada no ambiente familiar, tendo a estética como ponto de encontro entre o reconhecimento de dores sociais e a construção de vínculos entre mulheres negras.
PALAVRAS-CHAVE: “A copa frondosa da árvore”. Eliana Alves Cruz: conto. Estética negra. Recordação e afeto.
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Derechos de autor 2020 Jéssica Catharine Barbosa de Carvalho, Cleide Silva de Oliveira, Alcione Corrêa Alves
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