Eleição e fraude

um caso da mesa de inspeção de Pernambuco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/dim.v51i2.42284

Palavras-chave:

Eleição, Fraude, Mesa de Inspeção de Pernambuco

Resumo

À luz da historiografia sobre a corrupção na Época Moderna, este artigo analisa uma eleição realizada no Recife, no ano de 1761, para escolher os representantes dos negociantes e produtores de açúcar que serviram como deputados na Mesa de Inspeção de Pernambuco. Na ocasião, os homens de negócio elegeram João da Costa Monteiro Júnior, nome contestado pela Direção da Companhia Geral de Comércio. Já a "açucarocracia" preferiu Inácio Ferreira Dias, candidato rejeitado pelo ouvidor-geral e presidente da Mesa de Inspeção, Bernardo Coelho da Gama e Casco. Também se envolveram no conflito a Câmara do Recife e o governador da capitania. As cartas e outros documentos anexos ao inquérito permitem observar como a manifestação dos interesses dos grupos e agentes citados modularam as suas interpretações sobre a existência ou não de fraude na eleição.

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Biografia do Autor

Paulo Fillipy de Souza Conti, UFPE

Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco. Possui mestrado (2016), bacharelado (2013) e licenciatura (2012) em História pela mesma Universidade. Membro do Núcleo de Estudos do Mundo Atlântico (NEMAtl). Atualmente, dedica-se ao estudo da Administração da Justiça no Mundo Luso-Brasileiro (século XVIII).

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Publicado

17-05-2024

Edição

v. 51 n. 2 (2023): Contaminando o corpo da República: corrupção e práticas ilícitas durante o Antigo Regime (2023/2)

Seção

Dossiê n.51 (2023/2) - Contaminando o corpo da República: corrupção e práticas ilícitas durante o Antigo Regime

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