Haverá condomínios no espaço de dados?
DOI:
https://doi.org/10.47456/rf.v19i29.43538Palavras-chave:
videoarte, Bill Viola, imagem, vídeoResumo
Pioneiro no campo da videoarte, Bill Viola é um artista seminal na compreensão das questões relativas a este meio, tanto no seu percurso histórico como na sua atualidade. Ao longo dos anos, procurou vincular as noções de mídia como meio, destacando que os canais de vídeo também são canais de transmissão de informações equivalentes às transduções energéticas das incorporações xamânicas. Em Haverá condomínios no espaço de dados?, publicado inicialmente em 1982, Viola explora o passado e o futuro das questões relacionadas à memória, tanto mental quanto artificial, buscando compreender suas trajetórias e futuro. Com seu pensamento erudito e visão anacrônica, Viola faz referências a diversos autores, como Ananda K. Coomaraswamy, Tomás de Aquino, Giordano Bruno, Giulio Camilo, Jacobos Publicius, Nikola Tesla, etc. Mosteiros budistas tibetanos e suas interações com os sábios monges de Ladakh que, com uma mentalidade cíclica, desenvolvem sofisticadas mandalas de areia colorida. Além disso, relata uma experiência que teve em sua viagem ao Japão, em 1981, onde conheceu os itako, xamãs cegos dotados de conhecimentos mediúnicos, capazes de acessar informações e dados antes e além desta época, comunicando-se com os mortos. Viola destaca que, nesse período, essa experiência o fez rever suas concepções sobre as corporações e seus dispositivos, incluindo câmeras, televisores e fitas magnéticas de vídeo que, até então, considerava muito à frente no desenvolvimento das tecnologias de comunicação. Em suma, para o autor, os avanços tecnológicos no armazenamento coletivo no espaço eletrônico de dados — analógicos na época e atualmente digitais — têm uma relação profunda com o conhecimento ancestral, a memória humana, os processos de pensamento e as estruturas conceituais do cérebro.
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Referências
Video 80, n° 5 (Fall 1982), 36-41. Also published in French. Cf. BELLOUR Raymond; DUGUET, Anne-Marie (Orgs.). Communications, n° 48 (1988), pp. 61-74.
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