Arte e Política das Coisas

A Curadoria de Bruno Latour e a Reconfiguração das Mediações na Era Contemporânea

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/rf.rf.2132.47436

Palavras-chave:

Bruno Latour, estratégias curatoriais, arte e ciência, modernidade, Antropoceno

Resumo

Este estudo investiga as estratégias curatoriais de Bruno Latour nas exposições "Iconoclash", "Making Things Public" e "Reset Modernity!", analisando como o sociólogo francês utiliza a arte para desafiar as concepções tradicionais de modernidade, ciência e política. Através de uma abordagem interdisciplinar, a pesquisa demonstra que as exposições funcionam como laboratórios conceituais que problematizam a separação entre natureza e cultura, propondo uma visão mais complexa e relacional da realidade social. Os resultados revelam que Latour desenvolve conceitos-chave como "iconoclash" e "política das coisas" para reconfigurar nosso entendimento sobre agência e representação. Conclui-se que as intervenções curatoriais de Latour constituem uma crítica radical ao pensamento moderno, oferecendo uma perspectiva inovadora para compreender os desafios contemporâneos, especialmente no contexto do Antropoceno.

Biografia do Autor

  • Victor Tuon Murari, PPGEHA-USP

    Historiador da Arte, Professor e Pesquisador. Possui Bacharelado e Licenciatura em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) (2009), Mestrado em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo (USP) (2016) e Doutorado em Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (USP) (2023). Trabalhou junto à equipe do educativo da Pinacoteca na reformulação do acervo de longa duração (2010). Atuou como consultor da exposição "Ideias: O Legado de Giorgio Morandi", vencedora do prêmio AICA de Melhor Exposição Internacional (2021)

Referências

HALSALL, Francis. Actor-Network Aesthetics: The Conceptual Rhymes of Bruno Latour and Contemporary Art. New Literary History 47, no. 2/3 (2016): 439–61. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/24772788. Acesso em: 16 jun. 2025.

MPARATO, Marcella. Da iconoclastia ao iconoclash, de Bruno Latour. Rapsódia, São Paulo, Brasil, v. 1, n. 17, p. 175–187, 2023. DOI: 10.11606/issn.2447-9772.i17p175-187. Disponível em: https://revistas.usp.br/rapsodia/article/view/219846. Acesso em: 16 jun. 2025.

KATTI, Christian S. G. Mediating Political “Things,” and the Forked Tongue of Modern Culture: A Conversation with Bruno Latour. Art Journal, p. 94-115, 2014. DOI: http://dx.doi.org/10.1080/00043249.2006.10791197. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00043249.2006.10791197. Acesso em: 16 jun. 2025.

LATOUR, Bruno. How to be iconophilic in Art, Science and Religion? In: JONES, Caroline A.; GALISON, Peter (Ed.). Picturing science, producing art. New York: Routledge, pp. 418-440,1998.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Tradução de Carlos Irineu da Costa. 3. ed. São Paul: Editora 34, 2013.

LATOUR, Bruno. Petite réflexion sur le culte moderne des dieux Faitishes. Paris: Les Empêcheurs de Penser en Rond, 1996.

LATOUR, Bruno (Ed.). Reset Modernity!. Cambridge: The MIT Press And ZKM, 2016.

LATOUR, Bruno; WEIBEL, Peter (Ed.). Iconoclash: beyond the image wars in science, religion and art. Karlsruhe: Center for Art and Media, 2002. Routledge, 1998.

SANTAELLA, Lucia. Reset Modernity!. Teccogs: Revista Digital de Tecnologias Cognitivas, TIDD, PUC-SP, São Paulo, n. 13, p. 142-143, jan-jun. 2016. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/teccogs/article/view/52611/34587. Acesso em: 16 jun. 2025.

Downloads

Publicado

30-06-2025

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Arte e Política das Coisas: A Curadoria de Bruno Latour e a Reconfiguração das Mediações na Era Contemporânea. (2025). Farol, 21(32), 369-383. https://doi.org/10.47456/rf.rf.2132.47436