Arte indígena cosmopolítica
na antropofagia reversa de Jaider Esbell
DOI:
https://doi.org/10.47456/rf.v1i25.38031Palavras-chave:
Jaider Esbell, Arte Cosmopolítica, Cosmogonia Macuxi, Antropofagia ReversaResumo
Através do conceito Arte Indígena Contemporânea (AIC) cunhado por Jaider Esbell, artista macuxi, a arte indígena se estabelece como categoria relativamente autônoma no cenário atual, demarcando seu protagonismo diante do esgotamento do próprio conceito de arte e da agravada crise socioambiental. Ressaltamos sua obra como multiverso que projeta, para além de seu território Raposa Serra do Sol, em Roraima, as cosmogonias do seu povo Macuxi, semeadas e disseminadas em diversas regiões do país e fora dele. Na compreensão ancestral resgatada do herói mítico Makunaimî – cuja pronúncia corrigida, em suas inúmeras mensagens, performances e discursividades artísticas, restabelece um elo com o seu significado ancestral através de uma antropofagia reversa, propondo uma Arte Indígena Cosmopolítica.
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