Recife Frio

o antropoceno à luz de um filme brasileiro contemporâneo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/rf.v20i31.46220

Palavras-chave:

Recife Frio, antropoceno, cinema brasileiro, crise ecológica

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar o filme brasileiro “Recife Frio”, de Kleber Mendonça Filho, sob o prisma das mudanças climáticas e suas implicações socioambientais. Estruturado como um falso documentário, o curta-metragem inverte a temperatura da capital pernambucana, provocando transformações radicais na sociabilidade da população local. Por meio de uma narrativa que mescla sátira e reflexão, o filme aborda questões pertinentes ao Antropoceno, como a crise ecológica e o apartheid ambiental, evidenciando as desigualdades acentuadas pelas mudanças climáticas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lucas Murari, UFRJ

Pesquisador de cinema experimental e arte de vanguarda. Doutor em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com período sanduíche na Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3 (bolsa PDSE/CAPES). Mestre pelo PPGCOM/UFRJ (2015). Bacharel em Cinema e Vídeo pela Faculdade de Artes do Paraná.  É editor-executivo da Revista Eco-Pós (UFRJ). Tem experiência na área de Cinema, Comunicação e Artes.

Referências

ANGUS, Ian. O apartheid ambiental é a norma no Antropoceno - Entrevista com Ian Angus. Revista IHU on-line, São Leopoldo, 17 mai. 2020. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/599026-o-apartheid-ambiental-e-a-norma-no-antropoceno-entrevista-com-ian-angus. Acesso em: 20 set. 2024.

FERDINAND, Malcom. Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho. São Paulo: Ubu Editora, 2022.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas – uma arqueologia das ciências humanas. Tradução de Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

GUATTARI, Félix. As três ecologias. Tradução de Maria Cristina F. Bittencourt. São Paulo: Ed. Papirus, 1990.

HARAWAY, Donna. Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. Climacom, ano 3, n. 5, 2016. Disponível em: http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/?p=5258. Acesso em: 20 set. 2024.

HARAWAY, Donna. The Companion Species Manifesto - Dogs, People, and Significant. Chicago: Prickly Paradigm Press, 2003.

MIRZOEFF, Nicholas. Não é o Antropoceno, é a cena da supremacia branca ou a linha divisória geológica da cor. Buala, 2017. Disponível em: http://www.buala.org/pt/a-ler/nao- e-o-antropoceno-e-a-cena-da-supremacia-branca-ou-a-linha-divisoria-geologica-da-cor. Acesso em: 20 set. 2024.

MOORE, Jason (org.). Anthropocene or Capitalocene - Nature, History, and the Crisis of Capitalism. Oakland: PM Press, 2016.

MORTON, Timothy. The Ecological Thought. Cambridge: Harvard University Press, 2010.

NOVACEK, Michael J. Terra: Our 100-Million-Year-Old Ecosystem - and the Threats That Now Put It at Risk. New York: Farrar, Straus and Giroux, 2007.

SUPPIA, Alfredo. Respira fundo e prende: um pequeno raio-X da ecodistopia no cinema brasileiro, do regime militar aos militares no regime. Revista Eco-Pós (online), Rio de Janeiro, v. 23, p. 188-216, 2020.

Downloads

Publicado

28-12-2024

Como Citar

Murari, L. (2024). Recife Frio: o antropoceno à luz de um filme brasileiro contemporâneo. Farol, 20(31), 135–145. https://doi.org/10.47456/rf.v20i31.46220

Edição

Seção

Seção Temática