Percepção dos trabalhadores da atenção básica de um município do norte do Espírito Santo sobre o descarte de medicamentos
Perception of primary care workers in a municipality in the north of Espírito Santo on disposal of medicines
DOI:
https://doi.org/10.47456/hb.v3i3.38716Palavras-chave:
Descarte, Meio Ambiente, Gerenciamento de Resíduos, Profissionais de SaúdeResumo
Os medicamentos descartados em locais inapropriados como esgoto, lixo residencial ou aterro sanitário constituem uma preocupação devido ao risco de contaminação do meio ambiente. O aumento de consumo de medicamentos no mundo e, especificamente no Brasil, requer políticas e práticas de trabalhadores da área da saúde para que os danos ao meio ambiente sejam reduzidos e a população, seja conscientizada. Assim, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar a percepção dos trabalhadores da atenção básica de saúde sobre o descarte de medicamentos, quais informações são fornecidas aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e o conhecimento sobre os potenciais riscos à saúde e ao meio ambiente. Desta forma, foi aplicado um questionário aos trabalhadores de três Unidades Básicas de Saúde (UBS) e da Farmácia Pública de um município do norte do Espírito Santo. Participaram deste estudo 71 trabalhadores e em sua maioria eram mulheres (81,29%), possuíam 40-49 anos (33,8%) e em relação a escolaridade, com ensino médio completo (49,9%). Quando questionados sobre o local correto para descartar os medicamentos não utilizados ou vencidos, 45% dos participantes não sabiam o local correto, apesar de conhecer o qual é o destino final dos medicamentos descartados no vaso sanitário ou lixo comum. Entretanto, quando questionados sobre a orientação dada, 83% dos trabalhadores participantes deste estudo afirmaram que informam ao usuário a entregar os medicamentos que precisam ser descartados nas UBS ou na Farmácia Pública. Desta forma, os dados mostram que a maior parte dos trabalhadores entrevistados orientam os usuários a entregar os medicamentos não utilizados ou vencidos nos serviços de saúde, entretanto, desconhecem o local correto para faze-lo. Políticas públicas para implantar pontos de coleta de medicamentos e promover educação em saúde precisam ser fomentadas para a reduzir o dano ao meio ambiente.