Arte, sacralização e retórica do poder no barroco joanino (1707- 1750)

Autores

  • Juliano Gomes

Resumo

A política do governo de D. João V (1707-1750), na primeira metade do século XVIII, ficou fortemente marcada na historiografia portuguesa pela convencional associação entre o mecenato régio e a devoção religiosa do rei. Nesse artigo buscamos apresentar aspectos gerais do panorama em que se inscreve a agenda política do Rei Sol Português, problematizando, à luz de produções atuais, a visão caricata acarinhada por certa historiografia tradicional a ação política do monarca. O apelo ao visual, característico de uma época animada por espírito ativo que anseia pelo “retorno” a ordem subordinada pela monárquica marca essa cultura do Barroco. Nesse sentido, trataremos de forma sintética sob a construção da retórica do Poder monárquico e sacralizado do governo joanino através do patrocínio artístico do período, em especial, sob como isso se manifesta proeminentemente a partir das grandes obras joaninas. A exemplo do Palácio-convento de Mafra e também a Obra das Necessidades, construções ímpares que sintetizam essa agenda joanina de centralização do poder.

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Publicado

03-02-2022

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Artigos