LIVRO DIDÁTICO: ANÁLISES DE ABORDAGENS DIDÁTICAS DA LEITURA E AÇÃO DOCENTE
Resumo
O artigo analisa o volume 2 de uma coleção de livros didáticos (LD) destinada ao Ensino Médio, de Cereja e Magalhães (2013), integrante do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2015. Objetivou-se comparar estes resultados em relação às abordagens da leitura em LD da década de 70, realizadas por Kleiman (2004). E mais, se é possível afirmar que o LD determina a ação docente e se isso desqualifica a competência e a autonomia docente e discente. Considerou-se as abordagens teóricas de Kleiman sobre leitura (2004) e sobre letramentos (2014), os estudos de Rojo sobre o LD (2013) e recentes estudos sobre textos para o Enem, de Manso (2017). Como resultados, o LD atual privilegia recursos visuais e entende um aluno-leitor familiarizado com textos multimodais, sem que isso indique necessariamente uma abordagem qualitativa da leitura em relação às práticas escolares mais tradicionais que desvinculam leitura e práticas sociais. Além disso, o LD analisado direciona a leitura para o Enem e vestibulares, funcionando como um “manual” para o aluno e fazendo do professor um “explicador de manuais”. Por fim, o Enem, como política pública avaliativa, desprestigia o caráter dialógico da linguagem e a autoria dos sujeitos, e privilegia o ensino elitizado.
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