As Identidades da Galeria do Maletta no Decorrer da sua História: um Espaço de Negócios, de Luxo, de Resistência Política e de Boemia
DOI:
https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2021.10.1.28682.121-143Resumen
Atualmente, a Galeria do Maletta constitui um dos espaços cotidianos de destaque na cidade de Belo Horizonte devido à concentração de diversos negócios que revelam histórias próprias associadas a uma história coletiva da galeria. O objetivo deste artigo foi analisar a (re)construção das identidades da Galeria do Maletta no decorrer de sua história. Como técnicas de coleta de dados, utilizamos a pesquisa documental, observações sistemáticas no cotidiano da galeria e das organizações investigadas e entrevistas semiestruturadas com os comerciantes que ali trabalham. Os dados coletados foram analisados por meio da Análise do Discurso. Desse modo, constatamos que a identidade do Maletta passou por diversas transformações no decorrer de sua história, sendo apreendida como espaço de luxo, de resistência política, de boemia, etc. Nessas construções, destacamos os usos de diversas ferramentas históricas e espaciais, como imaginários sociais pré-estabelecidos, nós, redes e a demarcação de fronteiras com o restante da cidade
Descargas
Citas
Barreto, A. (1996). Belo Horizonte: memória histórica e descritiva. (2ª ed.) Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro.
Barros, A., & Carrieri, A. P. (2015). O cotidiano e a história: construindo novos olhares na Administração. Rev. adm. empres., 55(2), 151-161. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-759020150205
Benjamin, W. (2007). Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Bosi, E. (2004). Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras.
Boudreau, J. A. (2007). Making new political spaces: mobilizing spatial imaginaries, instrumentalizing spatial practices, and strategically using spatial tools. Environment and Planning A: Economy and Space, 39(11), 2593-2611. https://doi.org/10.1068/a39228
Carrieri, A. P. (2001). O fim do “Mundo Telemig”: a transformação das significações culturais em uma empresa de telecomunicações. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Cavedon, N. R., & Ferraz, D. L. da S. (2005). Representações sociais e estratégia em pequenos comércios. RAE - eletrônica, 4(1), 1-18. http://dx.doi.org/10.1590/S1676-56482005000100014
Certeau, M. (1994). A invenção do cotidiano: artes do fazer. Rio de Janeiro: Vozes.
Costa, A. S. M., Barros, D. F., & Martins, P. E. M. (2010). Perspectiva histórica em administração: novos objetos, novos problemas, novas abordagens. Rev. adm. empres., 50(3), 288-299. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-75902010000300005
Cruz Neto, O. (1994). O trabalho de campo como descoberta e criação. In M. C. S. Minayo (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade (pp. 51-66). Petrópolis: Vozes.
Curado, I. B. (2001). Pesquisa historiográfica em Administração: uma proposta metodológica. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Campinas, SP, Brasil, 25.
Debord, G. (1997). A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto.
Gil, A. C. (1995). Métodos e técnicas de pesquisa social. (4ª ed.), São Paulo: Atlas.
Gouvêa, J. B., Cabana, R. D. P. L., & Ichikawa, E. Y. (2018). As histórias e o cotidiano das organizações: uma possibilidade de dar voz àqueles que o discurso hegemônico cala. Farol - Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, 5(12), 297-347. https://doi.org/10.25113/farol.v5i12.3668
Grant, D. & Oswick, C. (1996). Introduction: Getting the Measure of Metaphors. In D. Grant & C. Oswick (Ed.) Metaphor and Organizations (pp. 1-20). London: Sage Publications.
Guerra, L. C. O. (2002) Imagens de um território urbano: a Feira de Arte e Artesanato de Belo Horizonte. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Halbwachs, M. (2006). A memória coletiva. São Paulo: Centauro.
Harvey, D. (2002). Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola.
Howarth, D. (2006). Space, subjectivity, and politics. Alternatives: Global, Local, Political, 31(2), 105-134. https://doi.org/10.1177/030437540603100201
Kraus, W. (2000). Making identities talk: on qualitative methods in a longitudinal study. Forum: Qualitative Social Research, 1(2), 1-14. http://dx.doi.org/10.17169/fqs-1.2.1084
Lubinski, C. (2018). From ‘History as Told’ to ‘History as Experienced’: Contextualizing the Uses of the Past. Organization Studies, 39(12), 1785-1809. https://doi.org/10.1177/0170840618800116
Maingueneau, D. (2000). Termos-chave da análise do discurso. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Minayo, M. C. S. (Org.) (1994). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. (20ª ed.) Petrópolis: Vozes,
Minayo, M. C. S. (2001). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. (7ª ed.) São Paulo: Hucitec
Oertel, S., & Thommes, K. (2018). History as a source of organizational identity creation. Organization Studies, 39(12), 1709-1731. https://doi.org/10.1177/0170840618800112
Oliveira, L. L. (2006). Cidade e cotidiano: uma reflexão sobre o Rio de Janeiro. In M. S. G. Porto & T. Dwyer (Org.). Sociologia em transformação: pesquisa social do século XXI (pp. 13-22). Porto Alegre: Tomo Editorial.
Pimentel, T. D., Carrieri, A. D. P., & Leite-da-Silva, A. R. (2007). Ambigüidades identitárias na" Feira Hippie"/Brasil. Comportamento Organizacional e Gestão, 13(2), 213-236.
Pimentel, T. D. & Leite-Da-Silva, A. R. (2006). Artesão ou Pequeno Industrial: ambigüidades identitárias na “Feira Hippie”. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Porto Alegre, RS, Brasil, 4.
Richardson, T., & Jensen, O. B. (2003). Linking discourse and space: Towards a cultural sociology of space in analysing spatial policy discourses. Urban Studies, 40(1), 7-22. https://doi.org/10.1080/00420980220080131
Santos, A. P. (2005). Trajetórias da História Social e da Nova História Cultural: cultura, civilização e costumes no cotidiano do mundo do trabalho. Anais do Simpósio Internacional Processo Civilizatório, Ponta Grossa, PR, Brasil, 9.
Santos, J. V. P., Carrieri, A. P., Pereira, V. F., & Martins, T. S. (2016). Pesquisa histórica em administração: a (re)construção identitária da Galeria do Ouvidor em Belo Horizonte (MG). Revista de Ciências da Administração, 18(46), 9-22. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2016v18n46p9
Santos, M. (1996). A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec.
Saquet, M. A., & Briskievicz, M. (2009). Territorialidade e identidade: um patrimônio no desenvolvimento territorial. Caderno Prudentino de Geografia, 1(31), 3-16.
Serra, G. (1987). O espaço natural e a forma urbana. São Paulo: Nobel.
Soja, E. W. (1998). Geografias Pós-Modernas: A reafirmação do espaço na teoria social crítica. Rio de Janeiro: Zahar.
Souza, M. M. P. (2010). “O teatro como forma de se colocar no mundo”: a formação de identidades nos Grupos Galpões. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Thiollent, M. J. M. (1987). Crítica metodológica, investigação social e enquete operária. (5ª ed.) São Paulo: Polis.
Triviños, A. R. S. (1987). Introdução a Pesquisa em Ciências Sociais: Pesquisa Qualitativa em Educação. São Paulo: Atlas.
Ferreira, F. V. (2010). Potencialidades da análise histórica nos estudos organizacionais brasileiros. Rev. adm. empres., 50(1), 37-47. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-75902010000100004
Wadhwani, R. D., Suddaby, R., Mordhorst, M., & Popp, A. (2018). History as organizing: Uses of the past in organization studies. Organization Studies, 39(12), 1663–1683. https://doi.0org/10.1177/0170840618814867
Wanderley, S., Barros, A., da Costa, A. D. S. M., & de Pádua Carrieri, A. (2016). Caminhos e percursos da História em Administração: um chamado à reflexão sobre o tempo e a construção do presente. Farol – Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, 3(8), 832-851. https://doi.org/10.25113/farol.v3i8.3937
Ybema, S. (2014). The invention of transitions: History as a symbolic site for discursive struggles over organizational change. Organization, 21(4), 495-513. https://doi.org/10.1177/1350508414527255
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os direitos autorais dos originais aprovados serão automaticamente transferidos à Revista, como condição para sua publicação, e para encaminhamentos junto às bases de dados de indexação de periódicos científicos.
Esta cessão passará a valer a partir da submissão do manuscrito, em formulário apropriado, disponível no Sistema Eletrônico de Editoração da Revista.
A revista se reservará o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos(as) autores(as).
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos(às) autores(as), quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As provas finais serão encaminhadas aos(às) autores(as).
Os trabalhos publicados passarão a ser de propriedade da Revista, ficando sua re-impressão (total ou parcial) sujeita à autorização expressa da Revista. Em todas as citações posteriores, deverá ser consignada a fonte original de publicação: Revista Gestão & Conexões.
A Universidade Federal do Espírito Santo e/ou quaisquer das instâncias editoriais envolvidas com o periódico não se responsabilizarão pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos. As opiniões emitidas pelos(as) autores(as) dos artigos serão de sua exclusiva responsabilidade.
Em todo e qualquer tipo de estudo que envolva situações de relato de caso clínico é fundamental o envio de cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado(s) pelo(s) paciente(s).