Suporte Organizacional Percebido e Vínculos Organizacionais

um Estudo com Trabalhadores Terceirizados de uma Instituição Federal de Ensino Superior

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2023.12.3.40464.27-48

Palabras clave:

Terceirização, Vínculos Organizacionais, Suporte Organizacional, Entrincheiramento, Consentimento, Comprometimento

Resumen

Os vínculos organizacionais de trabalhadores terceirizados são múltiplos, inseridos em uma cadeia de relacionamento complexa. De um lado, há o vínculo formal com a organização contratante, que é distante de sua vivência cotidiana laboral; e de outro, com a empresa para a qual o serviço é prestado, onde suas atividades são desenvolvidas. Esta pesquisa buscou entender como ocorrem os processos de formação dos vínculos organizacionais: comprometimento, entrincheiramento e consentimento a partir da percepção de suporte organizacional dos trabalhadores terceirizados da Universidade Federal de Pernambuco. Em uma perspectiva qualitativa, os resultados apontam para o entendimento de que apenas a satisfação, ainda que baixa, de fatores higiênicos é insuficiente para o fortalecimento dos vínculos entre organização e indivíduo, tampouco para a garantia de percepção de suporte por parte das organizações, especialmente quando se evidencia indivíduos terceirizados, implicando em reflexos diretos em seu trabalho e na sua vivência dentro do ambiente organizacional.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Adolfo de Alencar Melo Júnior, Universidade Federal de Pernambuco

Mestre pela Universidade Federal de Pernambuco, programa de pós-graduação em Administração (PROPAD).

Diogo Henrique Helal, Universidade Federal de Pernambuco

Doutor pela Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisador Titular - Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ). Professor Permanente - Programa de Pós Graduação em Administração (PROPAD), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Citas

Aguiar, C. N., & Bastos, A. B. (2015). Comprometimento organizacional. In PuentePalacios, K. & Peixoto, A. A. (orgs.), Ferramentas de Diagnóstico para Organizações e Trabalho, p. 78-91. Artmed.

AL-Jabari, B., & Ghazzawi, I. (2019). Organizational commitment: a review of the conceptual and empirical literature and a research agenda. International Leadership Journal, 11(s.n.), 78-119.

Baiocchi, A. C., & Magalhães, M. (2004). Relações entre processos de comprometimento, entrincheiramento e motivação vital em carreiras profissionais. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 5(1), 63-69.

Balsan, L. G., Bastos, A. B., Fossá, M. T., Lima, M. P., Lopes, L. D., & Costa, V. F. (2015). Comprometimento e entrincheiramento organizacional: explorando as relações entre os construtos. Revista de Administração da UFSM, 8(2), 235-248.

Bar-Hayim, A., & Berman, G. S. (1992). The dimensions of organizational commitment. Journal of Organizational Behavior, 13(4), 379-387.

Barbosa, H. A., Júnior, S. C., Silva, P. M., El-Aouar, W. A., & Barreto, L. S. (2022). Entrincheiramento no trabalho terceirizado: um estudo envolvendo profissionais do ramo de limpeza. Revista de Administração Unimep, 19(7), 318-333.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Bastos, A. V. B., Pinho, A. P. M., Aguiar, C. V. N., & Menezes, I. G. (2011). Comprometimento organizacional: aprimoramento e evidências de validade do modelo tridimensional de Meyer e Allen no contexto brasileiro. In Zanelli, J. C.,

Silva, N., & Tolfo, S. da R. (orgs.), Processos Psicossociais nas Organizações e no Trabalho (p. 145-160). Casa do Psicólogo.

Borges-Andrade, J. E. (1994). Conceituação e mensuração de comprometimento organizacional. Temas em Psicologia, 2(1), 37-47.

Camilo, T. A., & Costa, S. B. (2019). Terceirização: as desigualdades entre servidores e terceirizados em uma instituição federal de ensino superior. Anais do XLIII Encontro da ANPAD - EnANPAD, São Paulo, SP, s.p.

Carson, K. D., Carson, P. P., & Bedeian, A. G. (1995). Development and construct validation of a career entrenchment measure. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 68(4), 301-320.

Ceribeli, H. B., & Barbosa, R. M. (2019). Análise da relação entre suporte organizacional percebido, exaustão e comprometimento organizacional. Revista Reuna, 24(3), 1-19.

Chambel, M. J. (2012). Práticas de recursos humanos e duplo comprometimento afetivo por parte dos trabalhadores terceirizados. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 12(3), 267-282.

Ciliato, S. C., Santos, L. A. dos, Rodrigues, A. M., Silveira, G. S., & Nunes, A. P. (2018). O suporte e comprometimento organizacional: uma percepção por parte dos colaboradores. Anais do XVII Encontro Sobre os Aspectos Econômicos e Sociais da Região Nordeste do RS, s.p.

Correio, F. M. M., & Correio, B. F. von B. de A. (2017). Uma análise das relações entre suporte organizacional e comprometimento duplo de empregados no modelo outsourcing. Revista de Ciências da Administração, 19(49), 44-56.

Costa, F. B. (2008). Moisés e Nilce: retratos biográficos de dois garis. Um estudo de psicologia social a partir de observação participante e entrevistas. (Tese de Doutorado em Psicologia Social), Universidade de São Paulo, SP.

Costa, M. S. (2017). Terceirização no Brasil: velhos dilemas e a necessidade de uma ordem mais includente. Cadernos Ebape, 15(49), 115-131.

Costa, S. M., Paiva, K. M. de, & Rodrigues, A. L. (2022). Sentidos do trabalho, vínculos organizacionais e engajamento: proposição de um modelo teórico integrado. Cadernos EBAPE.BR, 20(s.n.), 470-482.

Cropanzano, R., & Mitchell, M. S. (2005). Social exchange theory: an interdisciplinary review. Journal of Management, 31(6), 874-900.

Eisenberger, R., Huntington, R., Hutchison, S., & Sowa, D. (1986). Perceived organizational support. Journal of Applied Psychology, 71(3), 500-507.

Eisenberger, R., Rhoades Shanock, L., & Wen, X. (2020). Perceived organizational support: why caring about employees counts. Annual Review of Organizational Psychology and Organizational Behavior, 7(1), 101-124.

Fernandes, M. R., & Neto, A. C. (2005). Gestão dos múltiplos vínculos contratuais nas grandes empresas brasileiras. Revista de Administração de Empresas, 45(Edição Especial), 48-59.

Fogaça, N. (2018). Uma perspectiva multinível da relação entre desempenho, bemestar, justiça e suporte organizacional. Universidade de Brasília, DF.

Formiga, N. S., Paula, N. M., & Silva, A. L. (2022). Suporte organizacional e danos relacionados ao trabalho: um estudo correlacional com trabalhadores brasileiros. Revista de Carreiras e Pessoas, 12(2), 280-302.

Frez, G., & Mello, V. (2017). Terceirização no Brasil. South American Development Society Journal, 2(4), 78-101.

Giunchi, M., Emanuel, F., Chambel, M. J., & Ghislieri, C. (2016). Job insecurity, workload and job exhaustion in temporary agency workers (TAWs): gender differences. Career Development International, 21(1), 3-18.

Gouldner, A. W. (1960). The norm of reciprocity: a preliminary statement. American Sociological Review, 25(2), 161-178.

Harvey, D. (2008). Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Edições Loyola.

Klazura, M. A., & Fernandes, S. (2020). A invisibilidade social no trabalho: um estudo das condições de trabalho dos trabalhadores e das trabalhadoras da higienização. Novas Edições Acadêmicas, S. l.

Kramer, G. G., & Faria, J. H. (2007). Vínculos organizacionais. Revista de Administração Pública, 41(s.n.), 83-104.

Krein, J. D., & Oliveira, R. V. (2019). Os impactos da reforma nas condições de trabalho. In Krein, J. D., Oliveira, R. V., & Filgueiras, V. A. (orgs.), Reforma trabalhista no Brasil: promessas e realidade (pp. 127-154). Curt Nimuendajú.

Kurtessis, J. N., Eisenberger, R., Ford, M. T., Buffardi, L. C., Stewart, K. A., & Adis, C. S. (2015). Perceived organizational support: a meta-analytic evaluation of organizational support theory. Journal of Management, 43(10), 1854 1884.

Mabelini, Y. L. de L., & Pozzetti, V. C. (2017). Os impactos da terceirização nas relações de trabalho, no Brasil. Derecho y Cambio Social, 50, s.p.

Marinho, R. P., Andrade, E. P., Marinho, C. P., & Motta, E. O. (2018). Fiscalização de contratos de serviços terceirizados: desafios para a universidade pública. Gestão & Produção, 25(s.n.), 444-457.

Marzall, L. F., Santos, L. A. dos, Coradini, J. R., & Costa, V. M. F. (2020).

Meyer, J. P., & Allen, N. J. (1991). A three-component conceptualization of organizational commitment. Human Resource Management Review, 1(1), 61-89.

Milhome, J. C., Rowe, D. O., & Dos-Santos, M. G. (2018). Existem relações entre qualidade de vida no trabalho, comprometimento organizacional e entrincheiramento organizacional? Contextus: Revista Contemporânea de Economia e Gestão, 16(3), 232-252.

Motta, A. de M., & Leonel, V. (2011). Ciência e pesquisa (3a ed.). Palhoça: UnisulVirtual.

Mowday, R. T. (1998). Reflections on the study and relevance of organizational commitment. Human Resource Management Review, 8(4), 387-401. Mowday, R. T., Porter, L. W., & Steers, R. M. (1982). Employee organization linkages: the psychology of commitment, absenteeism, and turnover. New York: Academic Press.

Oliveira, G. A., Costa, I. A., Bouzada, M. C., & Salles, D. R. (2018). Organizational commitment: a study of public and outsourced servers of a Brazilian public University. Revista Reuna, 23(2), 60-76.

Oliveira-Castro, G. A., Pilati, R., & Borges-Andrade, J. E. (1999). Percepção de suporte organizacional: desenvolvimento e validação de um questionário. Revista de Administração Contemporânea, 3(2), 29-51.

O’Reilly, C. A., & Chatman, J. (1986). Organizational commitment and psychological attachment: the effects of compliance, identification, and internalization on prosocial behavior. Journal of Applied Psychology, 71(3), 492-499.

Paiva, K., La Falce, J., & De Muylder, C. (2013). Comprometimento organizacional: comparando servidores e terceirizados de uma Fundação Pública de Pesquisa em Saúde. E&G: Revista Economia e Gestão, 13(s.n.), 73-89.

Pereira, A. S., & Lopes, D. D. (2019). Comprometimento e entrincheiramento organizacional e suas relações com o engajamento no trabalho: um estudo com servidores técnico-administrativos de uma Instituição Federal de Ensino. Desenvolvimento em Questão, 17(48), 139-158.

Pereira, M. R., Junior, L. S., Neto, E. C., Silva, B. F., & Pereira, M. P. (2016). Universidades públicas e a terceirização de serviços: análise de fatores críticos de QVT para uma gestão pública bottom up. Anais do Coloquio Internacional de Gestión Universitaria - CIGU, Arequina.

Pinho, A. M., Bastos, A. B., & Rowe, D. O. (2015). Diferentes vínculos indivíduoorganização: explorando seus significados entre gestores. Revista de Administração Contemporânea, 19(edição especial 3), 288-304.

Porter, L. W., Steers, R. M., Mowday, R. T., & Boulian, P. V. (1974). Organizational commitment, job satisfaction, and turnover among psychiatric technicians. Journal of Applied Psychology, 59(5), 603-609.

Ramadan, A. O., Estivalete, V. B., Wegner, R. S., & Parcianello, J. A. (2022). Investigação do suporte organizacional: percepção de colaboradores de uma cooperativa do Rio Grande do Sul. Revista Gestão Organizacional, 15(2), 154-172.

Rhoades, L., & Eisenberger, R. (2002). Perceived organizational support: a review of the literature. Journal of Applied Psychology, 87(4), 698-714.

Ridwan, M., Mulyani, S. R., & Ali, H. (2020). Improving employee performance through perceived organizational support, organizational commitment and organizational citizenship behavior. Systematic Reviews in Pharmacy, 11(12), (s.p.).

Rios, M. C., & Gondim, S. G. (2010). Contratos psicológicos e terceirização: um estudo das relações entre vínculos e as práticas de gestão de pessoas. Organizações & Sociedade, 17(s.n.), 689-703.

Rodrigues, A. G., & Alvares, K. P. (2020). Vínculos organizacionais: uma análise em relação ao desempenho. Gestão & Planejamento - G&P, 21(0).

Rodrigues, A. G., & Bastos, A. B. (2013). Os vínculos de comprometimento e entrincheiramento presentes nas organizações públicas. Revista de Ciências da Administração, 15(36), 143-158.

Scheible, A. F., Bastos, A. B., & Rodrigues, A. A. (2013). Comprometimento e entrincheiramento na carreira: integrar ou reconstruir os construtos? Uma exploração das relações à luz do desempenho. Revista de Administração, 48(3), 530-543.

Silva, E. C., & Bastos, A. B. (2010). A escala de consentimento organizacional: construção e evidências de sua validade. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, 10(1), 7-22.

Silva, E. C., & WBastos, A. B. (2015). Consentimento organizacional. In PuentePalacios, K., & Peixoto, A. A. (orgs.), Ferramentas de diagnóstico para organizações e trabalho (pp. 92-106). Artmed.

Silva, K. C., Bohnenberger, M. C., & Froehlich, C. (2021). Comprometimento organizacional baseado no modelo de Meyer e Allen em uma Instituição de Ensino Superior. Revista Interface, 18(2), 72-95.

Siqueira, M. M., & Júnior, S. G. (2008). Suporte no trabalho. In Siqueira, M. M. (org.), Medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico e degestão. Artmed.

Sobreira, F. E., Zille, L. P., & Faroni, W. (2021). Comprometimento organizacional: estudo com servidores técnico-administrativos de nível superior da Universidade Federal de Viçosa. Administração Pública e Gestão Social, 13(1), s.p.

Soldi, R. M. (2006). Comprometimento organizacional de trabalhadores terceirizados e efetivos: um estudo comparativo em uma empresa de telefonia. Universidade Federal de Santa Catarina, SC.

Sousa, J. R., & Santos, S. M. (2020). Análise de conteúdo em pesquisa qualitativa: modo de pensar e de fazer. Pesquisa e Debate em Educação, 10(2), Artigo 2.

Sousa, F. P. de, Sobral, F. M., & Macambira, J. (2018). Terceirização no processo de acumulação capitalista, suas imbricações com as formas de trabalho produtivo e improdutivo e manifestações. In Campos, A. G. (org.), Terceirização do Trabalho no Brasil: Novas e Distintas Perspectivas para o Debate (p. 77-94). IPEA.

Stecca, J. P., Albuquerque, L. G. de, & Ende, M. V. (2016). As influências da gestão de pessoas no comprometimento. Revista de Administração da UFSM, 9(4), 721-737.

Tomazzoni, G. C., & Costa, V. F. (2020). Vínculos organizacionais de comprometimento, entrincheiramento e consentimento: explorando seus antecedentes e consequentes. Cadernos EBAPE.BR, 18(s.n.), 268-283. Tomazzoni, G. C., Costa, V. F., Antonello, C. S., & Rodrigues, M. B. (2020).

Os vínculos organizacionais na percepção de gestores: comprometimento, entrincheiramento e consentimento. Revista de Administração Contemporânea, 24(3), 245-258.

Zonatto, V. S., Gonçalves, M., Silva, A., & Michels, A. (2021). Influência da motivação no comprometimento organizacional de trabalhadores efetivos e temporários. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 11(2), 99-119.

Publicado

08-09-2023

Cómo citar

Melo Júnior, A. de A., & Helal, D. H. (2023). Suporte Organizacional Percebido e Vínculos Organizacionais: um Estudo com Trabalhadores Terceirizados de uma Instituição Federal de Ensino Superior. Revista Gestão & Conexões, 12(3), 27–48. https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2023.12.3.40464.27-48