Escolarização brasileira nos Manifestos dos Pioneiros da Educação (1932 e 1959): tensões e interesses

Autores

  • Júnio Hora (UFES) Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade Federal do Espírito Santo (PPGE-UFES)
  • Edson Pantaleão (UFES) Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade Federal do Espírito Santo (PPGE-UFES)

Resumo

O presente artigo apresenta um levantamento histórico sobre a educação brasileira, pautado nas contestações dos Manifestos dos Pioneiros da Educação, tanto o de 1932, quanto o de 1959. Objetivamos tecer um diálogo entre estes documentos, com as disputas de estruturas de poder, apontando os embates, essencialmente, entre grupos que defendiam a escolarização universal laica, gratuita e pública de um lado. Ao passo que outros grupos se situavam no âmbito da defesa de escolas cujo ensino religioso católico seria a obrigatório, estando a instituição católica à frente do sistema de escolarização do Brasil, ao mesmo tempo. Utilizamos os conceitos de “interdependência” e “jogos de poder” em Norbert Elias (2001; 2011), para contribuir na análise das formas com as quais governantes e sujeitos no seu entorno, se utilizaram da máquina pública para estabelecer disputas e manutenção de poder. Longe de tentarmos condenar qualquer sujeito, o texto caminha por um debate que visa a ampliação das condições de reflexão das perdas que a sociedade teve no sentido de aprimoramento das condições de sua escolarização, ao passo que se sujeitou aos ditames de interesses privados sobre a coisa pública.

 

Palavras-chave: Educação. História. Interdependência. Poder.

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Biografia do Autor

Júnio Hora (UFES), Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade Federal do Espírito Santo (PPGE-UFES)

Estudante de Doutorado na Linha de Educação Especial e Processos Inclusivos/Bolsista Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES/2017), na linha de História, Sociedade, Cultura e Política Educacional/Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES). Especialista em Educação de Jovens e Adultos pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB/DEDC X 2013) Bolsista de Extensão Acadêmica UNEB; Aperfeiçoamento Acadêmico em Inclusão Sócio-Digital pela Universidade Federal do Pará (UFPA/2011) Bolsista pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Licenciatura Plena em História pela Faculdade Anhanguera de Taboão da Serra (2010) Bolsista Integral PROUNI. Professor temporário na Universidade Federal do Espírito Santo/Centro de Educação/Departamento de Educação, Política e Sociedade, atuando na licenciatura em História, com a disciplina de Didática. Com pesquisas em História da Educação escolar e não-escolar. Atualmente desenvolvendo Estudo Comparado sobre os Processos Sociais Latino-americanos em Educação Especial, com foco na História da Educação no México e no Brasil. Membro do grupo de pesquisa intitulado Políticas, Gestão e Inclusão Escolar: contextos e processos sociais.

Edson Pantaleão (UFES), Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade Federal do Espírito Santo (PPGE-UFES)

Possui graduação em pedagogia e Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES / 1990-1993). Especialização em Educação (Administração, Supervisão e Orientação Educacional) pela UFES. Mestrado e Doutorado em Educação (1999 e 2009, respectivamente), pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE-UFES). Pós-doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Membro do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação Especial (NEESP) e do Laboratório de Gestão da Educação Básica do Espírito Santo (LAGEBES) do Centro de Educação (CE/UFES). Líder do grupo de pesquisa “Políticas, Gestão e Inclusão Escolar: contextos e processos sociais (UFES), registrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); membro dos grupos de pesquisa “Educação Especial: formação de profissionais, práticas pedagógicas e políticas de inclusão escolar (UFES) e “Processos Civilizadores” (UEL), registrados no CNPq. Desenvolve pesquisas com os seguintes temas: políticas de Educação Especial; formação continuada de profissionais para a Educação Especial; gestão da Educação Especial, e; gestão escolar no contexto da escolarização do aluno com deficiência. Professor Adjunto IV do Departamento de Educação, Política e Sociedade (UFES/CE/DEPS), atuando na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPPGE/UFES). Com experiência na área de Educação, com ênfase em Administração Escolar e Coordenação Pedagógica, atuando principalmente nos seguintes temas: prática pedagógica, didática, avaliação escolar, projeto pedagógico curricular, Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, formação continuada de profissionais da educação e gestão escolar.

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Publicado

18-12-2018