As relações étnico-raciais nos currículos das licenciaturas na UEMG-Carangola:
notas sobre a proposição de novas epistemologias críticas e construtivas
Palavras-chave:
Currículo, Raça, Formação de professoresResumo
O presente artigo, que se configura como uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo busca problematizar o currículo enquanto um instrumento de poder que produz subjetividades no âmbito escolar e universitário. Elencamos seis diferentes currículos da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), unidade de Carangola-MG, para uma análise de suas disciplinas buscando identificar ementas que possam contribuir para a formação do estudante de modo a abranger as questões étnico-raciais. A presença ou ausência desse tema significa a possibilidade real de abordagem e problematizações a respeito das exclusões sociais bem como permite aos estudantes uma formação mais inclusiva do ponto de vista curricular, entendemos que os diferentes currículos elencados se aproximam de um currículo pós-crítico, ou seja, um currículo que abrange as diferentes subjetividades, que busca desconstruir binaridades, que questiona a universalidade do conceito de ciências além de questionar os sistemas explicativos universais que nos são inculcados cotidianamente. Contudo, sabe-se que o currículo só será de fato praticado se o professor que estiver em sala de aula conseguir trabalhar em prol deste currículo, acreditando na possibilidade de transformação que este apresenta. Deste modo, saberes e poderes estão mutuamente imbricados no que tange a formação docente para o tema.
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