O ensino da Arte Contemporânea:
estesia e sensorialidade na Educação Infantil
Palavras-chave:
Sensorialidade, Estesia, Ensino da Arte, Arte Contemporânea, Educação InfantilResumo
O presente artigo aborda duas experiências feitas com uma turma de Educação Infantil durante a disciplina de Estágio Curricular Supervisionado do Ensino de Artes Visuais I — Educação Infantil, utilizando como base a exploração sensorial e as possibilidades artísticas contemporâneas. Para tanto, ancora-se nas artistas Yoko Ono, Lygia Clark e no artista Hélio Oiticica. Assim, objetiva questionar o uso de recursos fotocopiados viciados e repetitivos — tão presentes nos centros de Educação Infantil — e ressaltar como o ensino da arte contemporânea com crianças pequenas pode ser revolucionário ao possibilitar a construção de um pensamento estésico e sensorial. Fundamentando-se então, teoricamente, em Canton (2009), Cunha (2019), Amorim e Góes (2019), Góes (2019; 2020), Iavelberg (2008) e Vigotski (2009). E finaliza inferindo sobre a premência de que professoras e professores compreendam que as crianças podem desenvolver seu potencial criativo por meio do corpo, sensorialmente, estesicamente, ao invés de bombardeá-las com ideias impostas pelos adultos ou que produzam algo material ao final de cada atividade de arte.
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Referências
CANTON, Katia. Do Moderno ao Contemporâneo. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.
DA CUNHA, Susana Rangel Vieira. Como vai a arte na educação infantil?. REVISTA APOTHEKE, v. 5, n. 3, 2019.
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