Análise das alterações histomorfométricas do cerebelo de idosos autopsiados
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v24i1.34720Palavras-chave:
Cerebelo, Envelhecimento, Células de Purkinje, Células da granulosaResumo
Introdução: O envelhecimento é um processo que acomete em todos os seres vivos, trazendo consigo a ocorrência de alterações histomorfológicas. Essas modificações influenciam diretamente o sistema nervoso central, incluindo o cerebelo. Objetivo: Avaliar a densidade das células de Purkinje e espessura da camada granulosa do cerebelo de pacientes idosos e não idosos, bem como fazer uma comparação dessas análises entre os gêneros. Métodos: Foram selecionados 20 pacientes autopsiados, e agrupados em: (n=10) idosos e (n=10) não idosos. Fragmentos do vérmis cerebelar posterior (CBV) e do lobo posterior direito (CBL) foram retirados para serem processados histologicamente e corados com hematoxilina e eosina. Posteriormente foi utilizado o programa computacional AxionVision (Zeiss, Germany) para captura de imagens de microscopia de luz e em seguida o sistema analisador de imagens interativo Image J® (National Institutes of Health, Bethesda, EUA) para obtenção da densidade das células de Purkinje (μm) e espessura da camada granulosa (μm). Resultados: Os idosos apresentaram uma tendência de diminuição na densidade das células de Purkinje em ambas as regiões avaliadas, porém sem significância estatística. Em relação à espessura da camada granulosa, o grupo considerado idoso apresentou aumento significativamente maior em ambas as regiões estudadas. A comparação entre os gêneros mostrou que as mulheres idosas apresentaram menor espessura da camada granulosa na região CBV quando comparadas aos idosos do gênero masculino. Conclusão: O envelhecimento causa alterações histomorfológicas nas diferentes camadas do córtex cerebelar, as quais progridem de forma distinta em homens e mulheres.
Downloads
Referências
Nordon DG, Guimarães RR, Kozonoe DY, Mancilha VS, Neto VSD. Perda cognitiva em idosos. Rev Fac Ciênc Médicas Sorocaba. 2009;11(3):5-8.
Reuter-Lorenz PA, Jonides J, Smith EE, Hartley A, Miller A, Marshuetz C et al. Age differences in the frontal lateralization of verbal and spatial working memory revealed by PET. J Cogn Neurosci. 2000;12(1):174-87.
Seidler RD, Bernard JA, Burutolu TB, Fling BW, Gordon MT, Gwin JT et al. Motor control and aging: links to age-related brain structural, functional, and biochemical effects. Neurosci Biobehav Rev. 2010;34(5):721-33.
Paul R, Grieve SM, Chaudary B, Gordon N, Lawrence J, Cooper N et al. Relative contributions of the cerebellar vermis and prefrontal lobe volumes on cognitive function across the adult lifespan. Neurobiol Aging. 2009;30(3):457-65.
Gilerovich EG, Fedorova EA, Grigorev IP, Korzhevskii DE. Morphological bases of reorganization of the rat cerebellar cortex in senescence. Zhurnal Evoliutsionnoĭ Biokhimii Fiziol. 2015;51(5):370-6.
Rogers J, Zornetzer SF, Bloom FE, Mervis RE. Senescent microstructural changes in rat cerebellum. Brain Res. 1984;292(1):23-32.
Zhang C, Zhu Q, Hua T. Effects of ageing on dendritic arborizations, dendritic spines and somatic configurations of cerebellar purkinje cells of old cat. Pak J Zool. 2011;43(6):1191-6.
Bernard JA, Seidler RD. Moving forward: age effects on the cerebellum underlie cognitive and motor declines. Neurosci Biobehav Rev. 2014;42:193-207.
MacLullich AMJ, Edmond CL, Ferguson KJ, Wardlaw JM, Starr JM, Seckl JR et al. Size of the neocerebellar vermis is associated with cognition in healthy elderly men. Brain Cogn. 2004;56(3):344-8.
Bernard JA, Leopold DR, Calhoun VD, Mittal VA. Regional cerebellar volume and cognitive function from adolescence to late middle age. Hum Brain Mapp. 2015;36(3):1102-20.
Zhang C, Hua T, Zhu Z, Luo X. Age-related changes of structures in cerebellar cortex of cat. J Biosci. 1 mar 2006;31(1):55-60.
Larsell O. Morphogenesis and evolution of the cerebellum. Arch Neurol Psychiatry. 1934;31(2):373-95.
Aquino Favarato GKN, Silva ACS, Oliveira LF, Fonseca Ferraz ML, Teixeira PA, Cavellani CL. Skin aging in patients with acquired immunodeficiency syndrome. Ann Diagn Pathol. 2020;24:35-9.
Manni E, Petrosini L. A century of cerebellar somatotopy: a debated representation. Nat Rev Neurosci. 2004;5(3):241-9.
Bernard JA, Seidler RD. Relationships between regional cerebellar volume and sensorimotor and cognitive function in young and older Adults. The Cerebellum. 2013;12(5):721-37.
Zhang C, Zhu Q, Hua T. Aging of cerebellar Purkinje cells. Cell Tissue Res. 2010;341(3):341-7.
Sabbatini M, Barili P, Bronzetti E, Zaccheo D, Amenta F. Age-related changes of glial fibrillary acidic protein immunoreactive astrocytes in the rat cerebellar cortex. Mech Ageing Dev. 1999;108(2):165-72.
Raz N, Rodrigue KM. Differential aging of the brain: patterns, cognitive correlates and modifiers. Neurosci Biobehav Rev. 2006;30(6):730-48.
Ampatzis K, Dermon CR. Sex differences in adult cell proliferation within the zebrafish (Danio rerio) cerebellum. Eur J Neurosci. 2007;25(4):1030-40.
Oguro H, Okada K, Yamaguchi S, Kobayashi S. Sex differences in morphology of the brain stem and cerebellum with normal ageing. Neuroradiology. 1998;40(12):788-92.
Luft AR. Patterns of age-related shrinkage in cerebellum and brainstem observed in vivo using three-dimensional MRI volumetry. Cereb Cortex. 1999;9(7):712-21.
Raz N, Dupuis JH, Briggs SD, McGavran C, Acker JD. Differential effects of age and sex on the cerebellar hemispheres and the vermis: A Prospective MR Study. 1998;7.
Torvik A, Torp S, Lindboe CF. Atrophy of the cerebellar vermis in ageing a morphometric and histologic study. :12.
Raz N, Gunning-Dixon F, Head D, Williamson A, Acker JD. Age and sex differences in the cerebellum and the ventral pons: a prospective MR study of healthy adults. 2001;7.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde (RBPS) adota a licença CC-BY-NC 4.0, o que significa que os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos submetidos à revista. Os autores são responsáveis por declarar que sua contribuição é um manuscrito original, que não foi publicado anteriormente e que não está em processo de submissão em outra revista científica simultaneamente. Ao submeter o manuscrito, os autores concedem à RBPS o direito exclusivo de primeira publicação, que passará por revisão por pares.
Os autores têm autorização para firmar contratos adicionais para distribuição não exclusiva da versão publicada pela RBPS (por exemplo, em repositórios institucionais ou como capítulo de livro), desde que seja feito o devido reconhecimento de autoria e de publicação inicial pela RBPS. Além disso, os autores são incentivados a disponibilizar seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou em suas páginas pessoais) após a publicação inicial na revista, com a devida citação de autoria e da publicação original pela RBPS.
Assim, de acordo com a licença CC-BY-NC 4.0, os leitores têm o direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante a apoiar você ou o seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.