Comparação entre processos patológicos encontrados na autópsia virtual e convencional de dois pacientes que foram a óbito em um hospital universitário brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v23i1.27741Palavras-chave:
Autópsia, Diagnóstico por imagem, omografia Computadorizada por Raios XResumo
Introdução: A autópsia convencional é o principal método de investigação da causa de morte na área médico-científica. No entanto, a autópsia virtual tem-se mostrado uma alternativa promissora no esclarecimento do óbito. Objetivos: Comparar os achados anatomopatológicos, o tempo de execução e a equipe de profissionais envolvida na execução da autópsia virtual e da convencional de dois pacientes que foram a óbito em um hospital universitário. Métodos: Em ambos os procedimentos, procurou-se diagnosticar a causa de morte, as doenças de base e os processos patológicos contributivos ao óbito dos dois pacientes. Para isso, primeiramente os pacientes foram submetidos à autópsia virtual realizada por um técnico em radiologia e um médico radiologista. Em seguida foi realizada a autópsia convencional por um médico patologista e dois técnicos em necropsia. Resultados: A autópsia convencional identificou maior número de alterações patológicas na maioria dos órgãos analisados. A autópsia virtual, porém, apresentou menor tempo de execução, menor número de profissionais envolvidos e maior rapidez na conclusão do laudo. Conclusão: Embora haja uma queda no número de autópsias convencionais, esse ainda é o método mais adequado às atuais condições da instituição na qual foi realizado este estudo. A implantação adequada da autópsia virtual com a realização conjunta de análise histológica por meio de biópsias e de angiotomografia mostra ser uma alternativa rápida e satisfatória na investigação médico-científica de processos patológicos de pacientes que falecem em hospitais universitários.
Downloads
Referências
2. Moreira DR, Lana AMA. Godoy P. Estudo sobre a autópsia como método diagnóstico. JPBML 2009; 45(3): 239-45.
3. Echenique LS, Mello R de A, Odashiro LN, Nakao L, Franco M. Correlação entre achados macro e microscópicos em 200 autópsias consecutivas: análise custo/benefício do estudo histopatológico completo das autópsias. J Bras Patol Med Lab 2002; 38(3): 219-24.
4. Vogel H. Gewalt im Ro¨ntgenbild Befunde bei Krieg. Folter und Verbrechen Echomed. 1997; 41(1): 13–42.
5. Lundberg GD. Low-tech autopsies in the era of high-tech medicine: continued value for quality assurance and patient safety. JAMA 1998; 280(14): 1273-4.
6. Cottrill HM, O’Connor WN. The autopsy in the 21st century: time for reconsideration. J. Ky Med. Assoc 2000; 98(3): 110-4.
7. Sharija S. Virtopsy-The Most Modern Technique for Postmortem Examination. IJFMT 2013; 7(1): 183-6.
8. Segura MEA, Rocha EM, Lourenço AA, Veloso MGP, Moraes WC. Comparação entre diagnósticos clínicos e os achados de necropsia: análise retrospectiva de 680 pacientes. Bras Patol Med Lab 2006; 42(6): 461-7.
9. Thali MJ, Jackowski C, Oesterhelweg L, Ross SG, Dirnhofer R. Virtopsy – the swiss virtual autopsy approach. Leg Med 2007; 9(2): 100-4.
10. Cavallari EL, Picka MCM, Picka MCM. O uso da Tomografia Computadorizada e da Ressonância Magnética na Virtópsia. Tekhne e Logos 2017; 8(1): 93-102.
11. Steigman CK. The autopsy as a quality assurance tool: last rites or resurrection?. Arch Pathol Lab Med 1996; 34(5): 736-8.
12. Thali MJ, Yen K, Schweitzer W, Vock P, Boesch C, Ozdoba C, et al. Virtopsy, a New Imaging Horizon in Forensic Pathology: Virtual Autopsy by Postmortem Multislice Computed Tomography (MSCT) and Magnetic Resonance Imaging (MRI) a Feasibility Study. J Forensic Sci 2003; 48(2): 386-403.
13. Polacco M, D’Allseio P, Ausania F, Zobel B, Pascali VL, d’Aloja E, et al. Virtual Autopsy in Hanging. Am J Forensic Med Pathol 2013; 34(2): 107-9.
14. Ampanozi G, Hatch GM, Flach PM, Thali MJ, Ruder TD. Postmortem magnetic resonace imaging: Reproducing typical autopsy heart measurements. Legal Medicine 2015; 17(6): 493-8.
15. Santos MLO. Padrão em vidro fosco nas doenças pulmonares difusas. Correlação da tomografia computadorizada de alta resolução com a anatomopatologia. Rad Bras 2002; 35(3): 170.
16. Urbania TH, Hope MD, Huffaker SD, Reddy GP. Role of computed tomography in the evaluation of acute chest pain. J Cardiovasc Comput Tomogr 2009; 3(1 Suppl): S13–22.
17. Schertler T, Frauenfelder T, Stolzmann P, Scheffel H, Desbiolles L, Marincek B, et al. Triple rule-out CT in patients with suspicion of acute pulmonary embolism: findings and accuracy. Acad Radiol 2009; 16(6): 708–17.
18. Janne d’Othée B, Siebert U, Cury R, Jadvar H, Dunn EJ, Hoffmann. A systematic review on diagnostic accuracy of CT-based detection of significant coronary artery disease. Eur J Radiol 2008; 65(3): 449–61.
19. Ross SG, Bolliger SA, Ampanozi G, Oesterhelweg L, Thali MJ, Flach PM. Postmortem CT Angiography: Capabilities and Limitations in Traumatic and Natural Causes of Death. Radiographics 2014; 34(4): 830-46.
20. Pazeres CEE, Cury RC, Carneiro AC de Castro, Rochitte CE. Angiotomografia de coronárias na avaliação da dor torácica aguda na sala de emergência. Arq Bras Cardiol 2013; 101(6): 562-9.
21. Stadler A, Schima W, Ba-Ssalamah A, Kettenbach J, Eisenhuber E. Artifacts in Body MR Imaging: their appearance and how to eliminate them. Eur Radiol 2007; 17(5): 1242-55.
22. Santiago RC, Vitral RWF. Métodos de avaliação da densitometria óssea e seu emprego na odontologia. Pesq Bras Odontoped Clin Integr 2006; 6(3): 289-94.
23. Tejaswi KB, Periya EAH. Virtopsy (virtual autopsy): A new phase in forensic investigation. J Forensic Dent Sci 2013; 5(2): 146-8.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde (RBPS) adota a licença CC-BY-NC 4.0, o que significa que os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos submetidos à revista. Os autores são responsáveis por declarar que sua contribuição é um manuscrito original, que não foi publicado anteriormente e que não está em processo de submissão em outra revista científica simultaneamente. Ao submeter o manuscrito, os autores concedem à RBPS o direito exclusivo de primeira publicação, que passará por revisão por pares.
Os autores têm autorização para firmar contratos adicionais para distribuição não exclusiva da versão publicada pela RBPS (por exemplo, em repositórios institucionais ou como capítulo de livro), desde que seja feito o devido reconhecimento de autoria e de publicação inicial pela RBPS. Além disso, os autores são incentivados a disponibilizar seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou em suas páginas pessoais) após a publicação inicial na revista, com a devida citação de autoria e da publicação original pela RBPS.
Assim, de acordo com a licença CC-BY-NC 4.0, os leitores têm o direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença. De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante a apoiar você ou o seu uso.
- Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.