Como é realizada a indicação de medicamentos por farmacêuticos comunitários no Brasil?
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v23i2.34126Palavras-chave:
Serviços Comunitários de Farmácia, Medicamentos sem Prescrição, Prática Clínica Baseada em EvidênciasResumo
Introdução: O farmacêutico é o responsável pela indicação farmacêutica como ato profissional em que se responsabiliza pela seleção de um medicamento isento de prescrição. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi conhecer a atitude dos farmacêuticos comunitários em relação à prática da indicação farmacêutica. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e transversal para o qual foram convidados todos os farmacêuticos de farmácias comunitárias da região metropolitana de Belo Horizonte/MG, (n=1.624) via e-mail. Para a coleta de dados (período de outubro a dezembro de 2017), foi utilizado um questionário disponibilizado na plataforma Google Docs®, contendo uma questão de múltipla escolha relacionada à conduta de indicação de medicamentos. Resultados: Foram recebidas respostas de 108 farmacêuticos, dos quais 88,0% declararam realizar indicação farmacêutica, 7,4% autodeclararam nunca os indicar, e 4,6% preferiram não responder. Dentre os farmacêuticos que os indicam, 28,4% descreveram condutas inadequadas na indicação de medicamentos como sugerir o uso daqueles que não eram isentos de prescrição e/ou indicar medicamentos para tratamento de problemas de saúde que não eram autolimitados, representado condutas farmacêuticas que podem ter implicações legais e resultados clínicos negativos. Conclusão: Para mudança desse cenário, além de ser imprescindível que o farmacêutico comunitário conheça e cumpra as legislações sanitárias e de exercício da profissão, também é importante o desenvolvimento de competências relacionadas à prática clínica baseada em evidências e aos serviços clínicos.
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