O ensino da saúde coletiva em instituições de ensino superior do Espírito Santo, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v24i1.38336Palavras-chave:
Saúde Coletiva, Educação, Instituições de Ensino SuperiorResumo
Introdução: O ensino de Saúde Coletiva é fundamental para a formação de profissionais de saúde qualificados para atuarem no Sistema Único de Saúde. No entanto, existem poucos estudos que analisam a situação real do ensino da Saúde Coletiva pelas Instituições de Ensino Superior (IES). Além disso, os poucos estudos existentes demonstram que o ensino da Saúde Coletiva no Brasil possui pouca estrutura curricular e ausência de conteúdos sobre políticas públicas. Objetivo: Analisar a distribuição das disciplinas de Saúde Coletiva em instituições de ensino superior do Espírito Santo. Métodos: Estudo descritivo desenvolvido por meio de levantamento documental através do portal online do Ministério da Educação e dos sites das instituições de ensino superior localizadas no estado do Espírito Santo que ofereciam pelo menos um curso da área da saúde. Os dados foram inseridos em tabela de contingência e analisados por estatística descritiva. Resultados: Foram analisados 68 cursos da área da saúde provenientes de 10 IES, uma pública e nove privadas. A oferta de Saúde Coletiva é entre 1 e 3 disciplinas, correspondentes entre 1% a 5% das disciplinas gerais dos cursos e 1% a 3% das cargas horárias totais. Terapia Ocupacional e Medicina foram os cursos que mais apresentaram carga horária de Saúde Coletiva. Conclusão: O ensino de Saúde Coletiva na região é oferecido em poucas disciplinas, representando baixas porcentagens na grade curricular. No entanto, cursos como Medicina e Terapia Ocupacional apresentaram as maiores cargas horária no ensino em Saúde Coletiva.
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