Qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV em um grupo de apoio no município de Vitória, no Espírito Santo
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v25i1.39028Palavras-chave:
Qualidade de vida, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, InfectologiaResumo
Introdução: Ainda é possível observar o reflexo que a pandemia da síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) representa desde meados de 1980. Esse fenômeno global trouxe consigo diversas formas de preconceitos, estigmas, mudanças nas relações sociais, mentais e físicas do indivíduo, modificando sua qualidade de vida (QV). Objetivo: Analisar a QV das pessoas que vivem com HIV (PVHIV). Métodos: Estudo descritivo de corte transversal, com 19 participantes, realizado com um grupo de PVHIV atendidos em um ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) em Vitória/ES. Utilizou-se o questionário validado WHOQOL-HIV-bref, que tem por objetivo avaliar a QV das PVHIV, de acordo com suas particularidades. Tal questionário analisa aspectos físicos, psicológicos, níveis de independência, relações sociais, ambientais e aspectos religiosos/crenças. Resultados: Houve maior proporção de pessoas do sexo feminino (52,6%), com idade entre 41 e 60 anos (42,0%), raça parda (42,1%), escolaridade de segundo grau (36,8%), solteiros (52,6%) e residentes da Grande Vitória (94,7%). Quanto ao WHOQOL-HIV-bref, as melhores médias obtidas foram espiritualidade (15,8), psicológico (14,3), nível de independência (13,9), físico (13,7), relações sociais (13,6) e ambiente (13,3), respectivamente. A QV das PVHIV pode impactar diretamente a adesão terapêutica, as interações sociais, a autopercepção e diversas áreas fundamentais de vida do indivíduo. Conclusão: Neste estudo conclui-se que a QV se apresentou satisfatória, indicando que as PVHIV demonstraram um bom enfrentamento da doença. Diante dos desafios enfrentados pelas PVHIV, é de extrema importância analisarmos a QV dessa população para assegurar um melhor enfrentamento à doença.
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