Relação dose-resposta dos programas de exercícios domiciliares sobre a capacidade funcional da população idosa: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v25i1.40110Palavras-chave:
Envelhecimento, Exercício Físico, Aptidão FísicaResumo
Introdução: Buscando minimizar os declínios funcionais decorrentes do envelhecimento, a literatura recomenda a realização de exercícios físicos. Nesse contexto, programas de exercícios domiciliares parecem ser uma alternativa, especialmente quando o acesso a centros de treinamento é restrito. Contudo, não se sabe qual é a relação dose-resposta mais adequada a partir da manipulação de variáveis do treinamento para promover melhorias sobre a capacidade funcional da população idosa. Objetivo: analisar as características e a relação dose-resposta das variáveis do treinamento de programa de exercícios domiciliares sobre a capacidade funcional da população idosa. Métodos: realizou-se uma busca nas bases de dados PubMed/Medline e Biblioteca Virtual em Saúde de ensaios clínicos aleatorizados publicados em qualquer idioma entre janeiro de 2020 e dezembro de 2022. Os critérios de busca foram estabelecidos de acordo com a estratégia de análise da Population, Intervention, Comparator Outcomes e Study Design. Resultados: 1.427 artigos foram identificados, dos quais três atenderam aos critérios de elegibilidade. Entre os principais resultados, o equilíbrio melhorou em todos os estudos, além disso, observou-se melhora na força muscular de membros inferiores, na força muscular de membros superiores e mobilidade funcional. Conclusão: programas de exercícios domiciliares com seis a dez semanas de duração, realizados de duas a três vezes por semana, com sessões entre 35 e 50 minutos envolvendo exercícios de equilíbrio, força muscular, alongamento e marcha promovem melhorias sobre a capacidade funcional da população idosa, sobretudo no equilíbrio.
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