OS PRESSUPOSTOS DE CARLO GINZBURG E DE MARC BLOCH PARA A PESQUISA EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Palavras-chave:
Historiografia da educação, Espírito Santo, Formação e prática docente.Resumo
O artigo discute as apropriações do pensamento de Carlo Ginzburg (2002, 2007a, 2007b) e de Marc Bloch (2001) para a leitura das fontes e produção da narrativa historiográfica da Educação, a partir de incursões realizadas durante as pesquisas de Mestrado (LOMBA, 2013) e de Doutorado (LUIZ, 2015). Lomba (2013) apresenta a constituição da Educação Infantil no Município de Aracruz – ES, permeada por continuidades – lista de espera por vagas nas instituições e a precariedade e improviso de espaços físicos destinados às crianças de 0 a 5 anos – e por descontinuidades, tais como a intensificação dos processos de formação continuada dos/as professores/as; e a busca pela construção de uma nova proposta pedagógica para a Educação Infantil. Ao investigar práticas de professores de História durante a Ditadura Militar, Luiz (2015) constatou elementos que revelam as faces patrióticas e cívicas da história ensinada e, por outro lado, registros que evidenciam desvios que nos impendem de homogeneizar o ensino de história em tempos autoritários da educação capixaba. De modo ampliado, as pesquisas apontaram para o papel decisivo do trabalho historiográfico produzido a partir da interrogação das fontes para a escrita da história da educação capixaba.
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