O material e o intangível em casas de oração de linhas africanas e esotéricas no sul do espírito santo
Palabras clave:
Patrimônio cultural, Religião, Conhecimento tradicionalResumen
Partindo de um debate crítico a respeito das noções de material e imaterial nas políticas oficiais do patrimônio cultural, o artigo apresenta um caso etnográfico que desafia a ambivalência entre sujeito e objeto contida nessas noções. Toma-se a dinâmica entre “material” e “invisível” da cosmologia das irmandades espíritas da região do Itapemirim argumentando-se que nesse caso não se trata de o “material” ser um representante ou uma cópia do invisível e explora-se as especificidades desse aspecto da filosofia afro-brasileira no sul do Espírito Santo. Tal dinâmica é apresentada, ainda, sob a forma da relação entre doutrinas e casas de oração, concluindo-se, que se há um paralelo entre tais domínios que se liga à tensão entre visível e invisível, ele extrapola a relação entre projeto e construção.