Trabalho produtivo e improdutivo em Marx: elementos para um debate em aberto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22422/temporalis.2024v24n47p382-394

Palavras-chave:

Trabalho produtivo, Trabalho improdutivo, Modo de produção capitalista

Resumo

Este artigo objetiva explicitar as categorias trabalho produtivo e trabalho improdutivo a partir das formulações de Marx no Capítulo VI (inédito), no capítulo XIV de O Capital e em Teorias da mais-valia. Respaldado em pesquisa bibliográfica de caráter eminentemente teórico, o texto começa pela contribuição de Smith em torno dessas categorias, apropriadas e aprofundadas por Marx. Em seguida, demarca-se a ineliminável relação entre produção de mais-valia e trabalho produtivo. Finaliza-se com a exposição das convergências e incongruências entre os textos marxianos. Obteve-se, como principal resultado, que, para Marx, a caracterização do trabalho enquanto produtivo ou improdutivo se dá a partir da apreensão da função social do trabalhador no processo de acumulação e reprodução capitalista. Além disso, resgataram-se formulações/concepções centrais e estruturantes para a crítica radical à ordem do capital.

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Biografia do Autor

Albani de Barros, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Assistente Social. Doutor em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, Recife, Brasil). Docente Adjunto da Universidade Federal da Paraíba (UFPB, João Pessoa, Brasil). E-mail: albanibrr@hotmail.com

Manuella Aragão Pinheiro, Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Assistente Social. Doutoranda em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, Recife, Brasil). Assistente Social na Faculdade de Serviço Social da UFAL, na Coordenação de Extensão. E-mail: manuella.pinheiro@fsso.ufal.br.

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Publicado

25-06-2024

Como Citar

de Barros, A., & Aragão Pinheiro, M. (2024). Trabalho produtivo e improdutivo em Marx: elementos para um debate em aberto. Temporalis, 24(47), 382–394. https://doi.org/10.22422/temporalis.2024v24n47p382-394