“Questão social” e desafios para uma formação antirracista no serviço social
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2025v25n49p30-43Palavras-chave:
Questão social, Questão étnico-racial, Diretrizes curriculares da área de Serviço SocialResumo
Texto referente à palestra proferida durante o Colóquio de Graduação do 18º ENPESS, cuja mesa de debates intitulou-se: “Formação profissional do assistente social no contexto brasileiro: desafios históricos para a construção de uma formação antirracista”. Aborda algumas das violências e violações de direitos dirigidas ao povo preto e a outros segmentos racializados no Brasil contemporâneo, como povos e comunidades tradicionais, a partir da leitura acerca das particularidades da “questão social” no país. Essas considerações são refletidas à luz do projeto ético-político profissional e dos desafios postos à formação e trabalho de assistentes sociais numa perspectiva antirracista. Aponta que o aumento da visibilidade do debate étnico-racial no Brasil atual é historicamente determinado. De igual maneira o são a profissão de Serviço Social e suas demandas, quando apreendidas numa perspectiva de totalidade. Defende, assim, que não há “atraso” na incorporação do debate étnico-racial pelo Serviço Social brasileiro, indicando algumas pistas dessa processualidade e a atualidade das Diretrizes Curriculares no reconhecimento de seu caráter estrutural na relação com a “questão social” no Brasil.
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