Trabalho e regresso: funcionalidade da informalidade à acumulação capitalista

Autores/as

  • Franciclézia Barreto Silva Docente DEC/UERN Doutoranda do IPPUR/UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.22422/2238-1856.2015v15n30p119-134

Resumen

Polêmico desde sua origem, o conceito de “setor informal” tem sido referência de diversas contribuições, algumas das quais obscureceram o entendimento das suas configurações no âmbito das economias nacionais. Da abordagem de “Setor”, a de “Economia informal”, análises foram desenvolvidas no campo acadêmico na tentativa de categorizar esse fenômeno e revelar sua natureza multiforme. Problematiza-se, no artigo, o presente momento histórico, em que a informalidade muito distante do desaparecimento, se tornou funcional ao capital, tem sido alvo de modos distintos de tratamento e adquirido novas expressões, com a emergência do paradigma flexível.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Franciclézia Barreto Silva, Docente DEC/UERN Doutoranda do IPPUR/UFRJ

Doutoranda em Planejamento Urbano e Regional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestra em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Docente do Departamento de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Citas

ALVES, M. A. “Setor informal” ou trabalho informal? Uma abordagem crítica sobre o conceito de informalidade. 2001. 166 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?view=vtls000232687> Acesso em: 23 mar. 2015.

_______. TAVARES, M. A. A dupla face da informalidade do trabalho: autonomia ou precarização. In: ANTUNES, R. (Org.). Riqueza e miséria do trabalho no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2006.

CACCIAMALI, M. C. Globalização e o processo de informalidade. Economia e Sociedade, Campinas, n 14, p. 153-174, jun. 2000.

_______. Padrão de acumulação e processo de informalidade na América-Latina contemporânea: Brasil e México. Pesquisa & Debate, São Paulo, v. 12, n. 1(19), p. 5-42, 2001.

CARVALHO, A. M. P.; GUERRA, E. C. Tempos contemporâneos: trabalhadores supérfluos no fio da navalha da lógica do capital. In: SOUZA, A. de A; ARRAIS NETO, E. de A; FELIZARDO, J. M. et al. (Orgs). Trabalho, capital mundial e formação dos trabalhadores. Fortaleza: Senac-Ceará - Edições UFC, 2008.

DEDECCA, C. S. Trabalho, financeirização e desigualdade. Texto para Discussão n. 174, Campinas, abr. 2010.

FILGUEIRAS, L. A. M.; DRUCK, G.; AMARAL, M.; F. do. O conceito de informalidade: um exercício de aplicação empírica. Caderno CRH, Salvador, v. 17, n. 41, p. 211-229, maio/ago. 2004.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2009. Disponível em: <ww.ibge.gov.br/home/.../pnad2009/pnad_sintese_2009.pdf.> Acesso em: 10 maio 2011.

IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Características da formalização do mercado de trabalho brasileiro entre 2001 e 2009. Comunicado IPEA, Brasília-DF, n. 88, 27 abr. 2011. Disponível em: < http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/110427_comunicadoipea88.pdf> Acesso em: 12 jan. 2012.

_______. Um retrato de duas décadas do mercado de trabalho brasileiro utilizando a PNAD. Comunicado IPEA, Brasília-DF, n. 160, 7 out. 2013. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=20065. Acessado em: 5 dez. 2013.

KREIN, J. D.; PRONI, M. W. Economia informal: aspectos conceituais e teóricos. Escritório da OIT no Brasil. Brasília-DF: OIT, 2010. (Série Trabalho Decente no Brasil: Documento de trabalho n. 4).

______. As relações de trabalho na era do neoliberalismo no Brasil. São Paulo: Ltr, 2013.

MALAGUTI, M. L. Crítica a razão informal: imaterialidade do salariado. São Paulo: Boitempo: Vitória: EDUFES, 2000.

MÉSZAROS, István. O desafio e o fardo do tempo histórico. São Paulo: Boitempo, 2007.

MARX, K. A lei geral da acumulação capitalista. In: ______. O capital. 23. ed. Rio de Janeiro: Civilização econômica, 2009. Livro I. v. 2.

MORETTO, A. J. Políticas de emprego e sua contribuição à redução da informalidade e discriminação no mercado de trabalho brasileiro: a experiência recente. Escritório da OIT no Brasil. Brasília, DF: OIT, 2010. (Série Trabalho Decente no Brasil; Documento de trabalho n. 1).

POCHMANN, M. O emprego no desenvolvimento da nação. São Paulo: Boitempo, 2008.

SANCHES, O. Os determinantes da economia informal nas principais escolas do pensamento econômico. In: SOCIEDADE LATINO AMERICANA DE ECONOMIA POLÍTICA Y PENSAMENTO CRÍTICO, Santiago. Anais... Chile: SEPLA, 2008. (CD-Room.).

TAVARES, M. A. Os fios (in) visíveis da produção capitalista: informalidade e precarização do trabalho. São Paulo: Cortez, 2004.

TRABALHO. Nos extremos do Brasil. MET: Out/Nov./Dez, 2010. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/revista/edicao8/revista.pdf>. Acesso em: 29 maio 2011.

Publicado

08-01-2016

Cómo citar

Silva, F. B. (2016). Trabalho e regresso: funcionalidade da informalidade à acumulação capitalista. Temporalis, 15(30), 119–134. https://doi.org/10.22422/2238-1856.2015v15n30p119-134