O INTELECTUAL ORGÂNICO E AS CLASSES SUBALTERNAS: A ELABORAÇÃO DA NOVA CULTURA PARA O NOVO BLOCO HISTÓRICO

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22422/temporalis.2019v19n38p83-97

Resumen

O presente artigo objetiva indicar caminhos para a investigação da categoria “intelectual orgânico” a partir da elaboração gramsciana.  Consideramos que esta categoria é fundamental porque exerce a função de direção consciente capaz de reproduzir ou de transformar a elaboração da cultura dominante e da subjetividade presente. Os intelectuais orgânicos são responsáveis pela produção do consenso, condição necessária para a manutenção do bloco histórico que se pretende fazer dominante. Por esse motivo é que a possibilidade da transição rumo ao ordenamento socialista só se torna possível na medida em que a classe operária e seus aliados se dedicam a construção de um novo bloco histórico mediado pelo processo de elaboração de uma nova cultura: neste interim, o Estado em seu sentido integral, a produção do imaginário coletivo popular pelos intelectuais orgânicos e a unificação das classes subalternas se revelam como expressão de uma elaboração teórico-prática carcerária que, imbuída de um salto qualitativo pelo processo de maturação política, se instaura como um fundamento teórico-metodológico marxista em que Gramsci é, notadamente, refundador comunista.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Mirele Hashimoto Siqueira, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Docente do curso de graduação em Serviço Social e do Programa de Pós Graduação stricto sensu, nível de Mestrado, em Serviço Social (PPGSS) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Toledo.

Alfredo Aparecido Batista, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Toledo.


Docente do curso de graduação em Serviço Social e do Programa de Pós Graduação stricto sensu, nível de Mestrado, em Serviço Social (PPGSS) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Toledo.

Citas

COUTINHO, Carlos Nelson. Marxismo e política: a dualidade de poderes e outros ensaios. São Paulo: Cortez, 1994.

DEL ROIO, Marcos. Gramsci e a emancipação do subalterno. São Paulo: Editora UNESP, 2018.

_________. Os prismas de Gramsci: a fórmula política da frente única (1919-1926). São Paulo: Xamã, 2005.

DURIGUETTO, Maria Lúcia. A questão dos intelectuais em Gramsci. In: Revista Serviço Social e Sociedade, nº 118, São Paulo, abr./jun., 2014, p. 265-293.

GALASTRI, Leandro. Classes sociais e grupos subalternos: distinção teórica e aplicação política. In: Revista Crítica Marxista. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, n. 39, 2014, p. 35-55.

__________. Gramsci, marxismo e revisionismo. Campinas: Autores Associados, 2015.

GRAMSCI, Antonio. Quaderni del carcere. Edizione critica dell’Istituto Gramsci. A cura di Valentino Gerratana. 4. ed. Torino: Einaudi, 2014.

GRUPPI, Luciano. O conceito de hegemonia em Gramsci. Tradução de Carlos Nelson Coutinho; apresentação de Luiz Werneck Vianna. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1978.

HOBSBAWM, Eric. História do marxismo III: o marxismo na época da segunda internacional. Segunda parte. Tradução de Carlos Nelson Coutinho, Fática Murad e Luiz Arturo Obojes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.

LIGUORI, Guido; VOZA, Pasquale. Dicionário gramsciano. Tradução de Ana Maria Chiarini, Diego Silveira Coelho Ferreira, Leandro de Oliveira Galastri e Silvia de Bernardinis; Revisão técnica de Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Boitempo, 2017.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Tradução de Luis Claudio de Castro e Costa. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

OUTHWAITE, Willian; BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento social do século XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.

Publicado

19-12-2019

Cómo citar

Siqueira, M. H., & Batista, A. A. (2019). O INTELECTUAL ORGÂNICO E AS CLASSES SUBALTERNAS: A ELABORAÇÃO DA NOVA CULTURA PARA O NOVO BLOCO HISTÓRICO. Temporalis, 19(38), 115–129. https://doi.org/10.22422/temporalis.2019v19n38p83-97