RACISMO AMBIENTAL E DESIGUALDADES ESTRUTURAIS NO CONTEXTO DA CRISE DO CAPITAL
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2022v22n43p158-173Resumen
O presente artigo apresenta o debate em torno do racismo ambiental pela ótica da crítica da economia política no contexto da crise estrutural do sistema capitalista e suas repercussões destrutivas para a natureza e variadas frações da classe trabalhadora. Partimos da premissa de que a crise do capital ocasiona danos socioambientais de forma desigual entre países centrais e periféricos e, no interior desses países, entre as diferentes classes sociais que lhe são constitutivas. A revisão bibliográfica em teses e dissertações voltadas ao estudo do racismo ambiental na realidade brasileira permitiu apontar a estreita relação entre “questão social” e “questão ambiental” enfatizando de que forma as desigualdades socioambientais atingem mais intensamente o segmento racializado da classe trabalhadora e fazem do racismo ambiental uma importante chave conceitual para análise das relações entre capital e trabalho no Brasil.