MANIFESTAÇÕES E FASES DO ASSÉDIO LABORAL: CONTRA UMA ANÁLISE IDEOLOGIZANTE
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2023v23n46p375-391Palabras clave:
Assédio laboral, Materialismo histórico-dialético, Sindicatos, Psicologia histórico-culturalResumen
Investigam-se as maneiras como o Assédio Laboral, forma de controle central do capital sobre o trabalho, no período da Acumulação Flexível, tem sido enfrentado em Portugal, analisando as teorias que embasam essas práticas. Elegeu-se Portugal, país onde ocorrem as relações assalariadas com todo o seu corolário de precarização. A análise empreendida revela que esses enfrentamentos se utilizam majoritariamente do referencial teórico da psicodinâmica do trabalho. Esta recusa as formulações da economia política dos trabalhadores,a centralidade da categoria “trabalho”, “classe” e “revolução”, isto é, as categorias ligadas à exploração. Ao não conceber as determinações do capital como gênese do sofrimento causado pelo Assédio Laboral, a saída vigente é enfrentar esse sofrimento individualmente, colocando sua origem em cada uma das subjetividades. Na contramão, postula-se que, se a gênese do Assédio Laboral advém do modo de o capital organizar a vida, sendo que a forma de enfrentamento necessariamente é coletiva, organizativa, política.
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