Mulheres da Paz: vivendo o cotidiano em conflito
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2017v17n33p211-230Resumen
Neste artigo, debruçamo-nos sobre o cotidiano de sete mulheres residentes no bairro de São Cristóvão, localizado na cidade de Salvador (BA), que passaram pela formação do Projeto Mulheres da Paz (MP), do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI - Ministério da Justiça), com o intuito de refletir sobre mudanças e permanências em suas vidas a partir da sua participação no referido projeto. Embora a participação no projeto tenha contribuído para o fortalecimento de sua autoestima, acesso a conhecimento e descoberta de sua capacidade de liderança, o projeto reforça os papeis de gênero tradicionais, o que comprometeu o processo de empoderamento e expôs as mulheres a situações de risco e vulnerabilidade no trabalho de mediação de conflitos.Descargas
Los datos de descargas todavía no están disponibles.
Citas
ALMEIDA, S. S. Essa violência mal-dita. In: ALMEIDA, S. S. (Org.). Violência de gênero e políticas públicas. Rio de Janeiro: Ed. Da UFRJ, 2007.
ALVAREZ, S. Politizando as relações de gênero e engendrando a democracia” In: STEPAN, A. Democratizando o Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
BAIRROS pobres são reféns das gangues. A TARDE, Salvador , 10 jul 2006. Disponível em: http://liderancadoptbahia.com.br/novo/noticias.php?id_noticia=3114. Acesso em: 05 jan. 2013.
BEATO, C.; ZILLI, L. F. A estruturação das atividades criminosas: um estudo de caso. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo. v. 27, n. 80, out. 2012.
BONETTI, A. de L. Entre femininos e masculinos: negociando relações de gênero no campo político. Cadernos Pagu, São Paulo, n. 20, p. 177-203, 2003.
BORGES, R. C. de O.; PINHEIRO, D. R. de C. A importância da liderança comunitária no processo de desenvolvimento local. Revista GeoUECE, v. 1, n. 1, dez. 2012.
BORGES, A. M. de C. & CARVALHO, I. M. M. de. Segregação urbana em Salvador e emprego: observações preliminares sobre Salvador. Anais do XVIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP. Águas de Lindóia, de 19 a 23 de novembro de 2012, p. 1-18.
BRASIL. Lei 11.530, de 25 de outubro de 2007. Institui o Programa Nacional de Segurança e Cidadania – PRONASCI e dá outras providências. Disponível em: file:///C:/Users/Fabiana/Downloads/2007Lei11530.pdf. Acesso em: 10 jun. 2010.
______. Medida Provisória 416, de 23 de janeiro de 2008. Altera a Lei 11.530, de 24 de outubro de 2007 e dá outras providências. Disponível em: file:///C:/Users/Fabiana/Downloads/2008MP416.pdf. Acesso em: 10 jun. 2010.
______. O que é o Pronasci. Brasília, 2010. Disponível em: http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJE24D0EE7ITEMIDAF1131EAD238415B96108A0B8A0E7398PTBRNN.htm.
CALDEIRA, T. P. do R. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania. Tradução Frank de Oliveira e Henrique Monteiro. São Paulo: Ed. 34; Edusp, 2000.
______. Mujeres, cotidianidad y política. In: JELIN, E. Participacion, ciudadania y identidad: lãs mujeres em lós movimientos sociales latino-americanos. UNRISD: Coimbra, 1987, p. 77-128.
CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
DELGADO, J.; TAVARES, M. S. (Trans)versalidades de Gênero e geração nas políticas sociais: o lugar de mulheres e idosos. Caderno Espaço Feminino - Uberlândia-MG - v. 25, n. 2, p. 79-97 - Jul./Dez. 2012 – ISSN online 1981-3082.
DEPEN. Ministério da Justiça. Mulheres presas: dados gerais. Projeto Mulheres do Departamento Penitenciário Nacional, Brasília, dez. 2011.
DETTMAR, G.; SILVEIRA, L. População carcerária feminina aumenta 42% nos últimos cinco anos. Portal CNJ, Brasília, 20 ago. 2013. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/25998-populacao-carceraria-feminina-aumenta-42-nos-ultimos-cinco-anos#ad-image-0. Acesso em: 30 nov. 2013.
DOURADO, F. A população carcerária feminina aumentou 256% em 2012. Bahia Repórter. Salvador, 26 jul. 2013. Disponível em: http://www.bahiareporter.com.br/ultimas_noticias.php?codnoticia=29780. Acesso em 30 nov. 2013.
FANON, F. Em defesa da revolução africana. Lisboa: Sá da Costa, 1980. (Terceiro Mundo).
FERNANDES, R. B.; REGINA, M. E. A segregação residencial em Salvador no contexto do miolo da cidade. Cadernos do Logepa, João Pessoa, v. 4, n. 1, p. 39-46, 2005.
GOMES, C.; SORJ, B. O gênero da nova cidadania: o Programa Mulheres da Paz. Sociologia & Antropologia, Cidade, v. 01.02, p. 147 – 164, 2011.
MACHADO, E. P.; NORONHA, C. V. A polícia dos pobres: violência policial em classes populares urbanas. Sociologias, Porto Alegre, ano 4, n. 7, p. 188-221, jan./jun. 2002.
MARIANO, S. A.; CARLOTO, C. M. Gênero e combate à pobreza: Programa Bolsa Família. Estudos Feministas, Florianópolis, 17(3), p. 901-908, set./dez. 2009.
MILANI, C. R. S. Políticas públicas locais e participação na Bahia: o dilema gestão versus política. Sociologias. Porto Alegre, ano 8, n. 16, p. 180-214, jul/dez. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/soc/n16/a08n16.pdf. Acesso em 03 jun. 2013.
PEREIRA, G. C. Habitação e infraestrutura urbana em Salvador e Região Metropolitana. In: CARVALHO, I.M.M.; PEREIRA, G. C. Como anda Salvador e sua região metropolitana. 2. ed. rev. Salvador: EDUFBA, 2008.
PEREIRA, P. A. Mudanças Estruturais, política social e papel da família: crítica ao pluralismo de bem-estar. Cap. I. In: SALES, M. A.; DE MATOS, M. C.; LEAL, M. C. (orgs.). Política Social, família e Juventude. 6ª Ed. São Pulo: Cortez, 2010.
ROCHA, F. dos S. “Botou foi a gente no fogo! Queria ver a gente se queimar!”: Um estudo sobre as Mulheres da Paz de São Cristóvão, Salvador –BA. 241 f., Il. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2013.
SANTOS, E.; PINHO, J. A. G. de; MORAIS, L. R. S.; FISCHER, T. (Orgs.) O caminho das águas em Salvador: bacias hidrográficas, bairros e fontes. Salvador: CIAGS/UFBA; SEMA, 2010. (Coleção Gestão Social).
SARDENBERG, C. A mulher frente à cultura da eterna juventude. In: FERREIRA, S. L.; NASCIMENTO; E. R. do. (Orgs.): Imagens da mulher na cultura contemporânea. Salvador: NEIM/UFBA, 2002, p. 51-68. (Coleção Bahianas v. 7).
______. Liberal vs liberating empowerment: conceptualizing empowerment in Latin American feminist perspective. Anais do Seminário “Pathways of women’s empowerment”, IDS e American University in Cairo, Luxor, set. 2006.
SILVA, L. A. M. da. (Org.) Vida sob cerco: violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
SCHUTTE, G. R.; JOSÉ, M. K. Aliança de cidades, a vez dos Alagados: a construção de um programa integrado de urbanização de favelas em Salvador. São Paulo: Aliança de Cidades, 2008.
SOUZA, K. O. J. de. A pouca visibilidade da mulher brasileira no tráfico de drogas. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 14, n. 4, p. 649-657, out./dez. 2009.
TRONTO, J. Mulheres e cuidados: o que as feministas podem aprender sobre a moralidade a partir disso? In: JAGGAR, A.; BORDO, S. (Orgs). Gênero, Corpo e Conhecimento. Rio de Janeiro: Record/Rosa dos Tempos, p. 186-203, 1997.
ZALUAR, A. A Máquina e a revolta: as organizações populares e o significado da pobreza. 2. ed. São Paulo: Brasiliense. 1985.
ALVAREZ, S. Politizando as relações de gênero e engendrando a democracia” In: STEPAN, A. Democratizando o Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
BAIRROS pobres são reféns das gangues. A TARDE, Salvador , 10 jul 2006. Disponível em: http://liderancadoptbahia.com.br/novo/noticias.php?id_noticia=3114. Acesso em: 05 jan. 2013.
BEATO, C.; ZILLI, L. F. A estruturação das atividades criminosas: um estudo de caso. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo. v. 27, n. 80, out. 2012.
BONETTI, A. de L. Entre femininos e masculinos: negociando relações de gênero no campo político. Cadernos Pagu, São Paulo, n. 20, p. 177-203, 2003.
BORGES, R. C. de O.; PINHEIRO, D. R. de C. A importância da liderança comunitária no processo de desenvolvimento local. Revista GeoUECE, v. 1, n. 1, dez. 2012.
BORGES, A. M. de C. & CARVALHO, I. M. M. de. Segregação urbana em Salvador e emprego: observações preliminares sobre Salvador. Anais do XVIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP. Águas de Lindóia, de 19 a 23 de novembro de 2012, p. 1-18.
BRASIL. Lei 11.530, de 25 de outubro de 2007. Institui o Programa Nacional de Segurança e Cidadania – PRONASCI e dá outras providências. Disponível em: file:///C:/Users/Fabiana/Downloads/2007Lei11530.pdf. Acesso em: 10 jun. 2010.
______. Medida Provisória 416, de 23 de janeiro de 2008. Altera a Lei 11.530, de 24 de outubro de 2007 e dá outras providências. Disponível em: file:///C:/Users/Fabiana/Downloads/2008MP416.pdf. Acesso em: 10 jun. 2010.
______. O que é o Pronasci. Brasília, 2010. Disponível em: http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJE24D0EE7ITEMIDAF1131EAD238415B96108A0B8A0E7398PTBRNN.htm.
CALDEIRA, T. P. do R. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania. Tradução Frank de Oliveira e Henrique Monteiro. São Paulo: Ed. 34; Edusp, 2000.
______. Mujeres, cotidianidad y política. In: JELIN, E. Participacion, ciudadania y identidad: lãs mujeres em lós movimientos sociales latino-americanos. UNRISD: Coimbra, 1987, p. 77-128.
CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
DELGADO, J.; TAVARES, M. S. (Trans)versalidades de Gênero e geração nas políticas sociais: o lugar de mulheres e idosos. Caderno Espaço Feminino - Uberlândia-MG - v. 25, n. 2, p. 79-97 - Jul./Dez. 2012 – ISSN online 1981-3082.
DEPEN. Ministério da Justiça. Mulheres presas: dados gerais. Projeto Mulheres do Departamento Penitenciário Nacional, Brasília, dez. 2011.
DETTMAR, G.; SILVEIRA, L. População carcerária feminina aumenta 42% nos últimos cinco anos. Portal CNJ, Brasília, 20 ago. 2013. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/25998-populacao-carceraria-feminina-aumenta-42-nos-ultimos-cinco-anos#ad-image-0. Acesso em: 30 nov. 2013.
DOURADO, F. A população carcerária feminina aumentou 256% em 2012. Bahia Repórter. Salvador, 26 jul. 2013. Disponível em: http://www.bahiareporter.com.br/ultimas_noticias.php?codnoticia=29780. Acesso em 30 nov. 2013.
FANON, F. Em defesa da revolução africana. Lisboa: Sá da Costa, 1980. (Terceiro Mundo).
FERNANDES, R. B.; REGINA, M. E. A segregação residencial em Salvador no contexto do miolo da cidade. Cadernos do Logepa, João Pessoa, v. 4, n. 1, p. 39-46, 2005.
GOMES, C.; SORJ, B. O gênero da nova cidadania: o Programa Mulheres da Paz. Sociologia & Antropologia, Cidade, v. 01.02, p. 147 – 164, 2011.
MACHADO, E. P.; NORONHA, C. V. A polícia dos pobres: violência policial em classes populares urbanas. Sociologias, Porto Alegre, ano 4, n. 7, p. 188-221, jan./jun. 2002.
MARIANO, S. A.; CARLOTO, C. M. Gênero e combate à pobreza: Programa Bolsa Família. Estudos Feministas, Florianópolis, 17(3), p. 901-908, set./dez. 2009.
MILANI, C. R. S. Políticas públicas locais e participação na Bahia: o dilema gestão versus política. Sociologias. Porto Alegre, ano 8, n. 16, p. 180-214, jul/dez. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/soc/n16/a08n16.pdf. Acesso em 03 jun. 2013.
PEREIRA, G. C. Habitação e infraestrutura urbana em Salvador e Região Metropolitana. In: CARVALHO, I.M.M.; PEREIRA, G. C. Como anda Salvador e sua região metropolitana. 2. ed. rev. Salvador: EDUFBA, 2008.
PEREIRA, P. A. Mudanças Estruturais, política social e papel da família: crítica ao pluralismo de bem-estar. Cap. I. In: SALES, M. A.; DE MATOS, M. C.; LEAL, M. C. (orgs.). Política Social, família e Juventude. 6ª Ed. São Pulo: Cortez, 2010.
ROCHA, F. dos S. “Botou foi a gente no fogo! Queria ver a gente se queimar!”: Um estudo sobre as Mulheres da Paz de São Cristóvão, Salvador –BA. 241 f., Il. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2013.
SANTOS, E.; PINHO, J. A. G. de; MORAIS, L. R. S.; FISCHER, T. (Orgs.) O caminho das águas em Salvador: bacias hidrográficas, bairros e fontes. Salvador: CIAGS/UFBA; SEMA, 2010. (Coleção Gestão Social).
SARDENBERG, C. A mulher frente à cultura da eterna juventude. In: FERREIRA, S. L.; NASCIMENTO; E. R. do. (Orgs.): Imagens da mulher na cultura contemporânea. Salvador: NEIM/UFBA, 2002, p. 51-68. (Coleção Bahianas v. 7).
______. Liberal vs liberating empowerment: conceptualizing empowerment in Latin American feminist perspective. Anais do Seminário “Pathways of women’s empowerment”, IDS e American University in Cairo, Luxor, set. 2006.
SILVA, L. A. M. da. (Org.) Vida sob cerco: violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
SCHUTTE, G. R.; JOSÉ, M. K. Aliança de cidades, a vez dos Alagados: a construção de um programa integrado de urbanização de favelas em Salvador. São Paulo: Aliança de Cidades, 2008.
SOUZA, K. O. J. de. A pouca visibilidade da mulher brasileira no tráfico de drogas. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 14, n. 4, p. 649-657, out./dez. 2009.
TRONTO, J. Mulheres e cuidados: o que as feministas podem aprender sobre a moralidade a partir disso? In: JAGGAR, A.; BORDO, S. (Orgs). Gênero, Corpo e Conhecimento. Rio de Janeiro: Record/Rosa dos Tempos, p. 186-203, 1997.
ZALUAR, A. A Máquina e a revolta: as organizações populares e o significado da pobreza. 2. ed. São Paulo: Brasiliense. 1985.
Descargas
Archivos adicionales
Publicado
18-09-2017
Cómo citar
Rocha, F. dos S., & Tavares, M. S. (2017). Mulheres da Paz: vivendo o cotidiano em conflito. Temporalis, 17(33), 211–230. https://doi.org/10.22422/temporalis.2017v17n33p211-230