A representação da 'mḗtis' do esparciata Lisandro na Batalha de Egospótamo (405 a.C.)

Autores

  • Luis Filipe Assumpção

DOI:

https://doi.org/10.17648/rom.v0i13.28067

Palavras-chave:

Esparta, Lisandro, Mḗtis, História Antiga, Literatura

Resumo

No presente artigo, analisaremos a representação da mḗtis/astúcia de Lisandro no discurso de Xenofonte e os pressupostos que garantiram a vitória da Confederação do Peloponeso. Para tanto, utilizamos o método de Análise do Discurso proposto por Dominique Maingueneau, com o qual superamos a superficialidade do texto. A Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.) foi um dos eventos mais marcantes discutidos pela literatura antiga, em virtude de seu impacto social. Após aproximadamente vinte e sete anos de guerra, as póleis envolvidas nesse conflito estavam exauridas de recursos. Nesse contexto, destacamos que, em 405 a.C., o esparciata Lisandro – valendo-se da riqueza persa – edificou uma estratégia singular de combate para vencer os atenienses na batalha de Egospótamo, sem realizar um combate marítimo direto. Desse modo, a mḗtis/astúcia de Lisandro foi representada no discurso literário da Antiguidade como o mecanismo fundamental para o término da Guerra do Peloponeso.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Documentação primária

ANONYMOUS. Hellenica Oxyrhynchia. Tradução de P. R. McKechnie e S. J. Kern. Warminster: Aris & Phillips Ltd., 1988.

ARISTOTLE. Politics. Tradução de H. Rackham. Cambridge: Harvard University Press, 1944.

PLATO. Laws. Tradução de R. G. Bury. London: William Heinemann Ltd., 1961. v. I.

PLUTARCH. Lives. Tradução de Bernadotte Perrin. Cambridge: Harvard University Press, 1959. v. IV

THUCYDIDES. History of Peloponnesian War. Tradução de Charles F. Smith. London: William Heinemann, 1958. v. IV.

XENOPHON. Cyropaedia. Books 1-4. Tradução de Walter Miller. Cambridge: Harvard University Press, 1914.

XENOPHON. Hellenica. Tradução de C. Brownson. Cambridge: Harvard University Press, 1918. v. I.

XENOPHON. Anabasis. Tradução de C. Brownson. Cambridge: Harvard University Press, 1961.

XENOPHON. Scripta Minora. Tradução de E. C. Marchant. Cambridge: Harvard University Press, 1968.

Obras de apoio

BAILLY, A. Dictionnaire abrégé Grec-Français. Paris: Hachette, 1969.

CHARAUDEAU, P.; MAINGUENEAU, D. Dicionário de Análise do Discurso. São Paulo: Contexto, 2014.

COOLEY, M.G.L. (Ed.). Sparta – LACTOR 21. London: London Association of Classical Teachers, 2017.

DETIENNE, M.; VERNANT, J.‑P. Cunning intelligence in Greek culture and society. Chicago: The University of Chicago Press, 1991.

FORNARA, C. W. The nature of history in Ancient Greece and Rome. Berkeley: University of California Press, 1983.

FORNIS, C. Esparta: la historia, el cosmos y la leyenda de los antigos espartanos. Sevilla: Editorial Universidad de Sevilla, 2016.

GRAY, V. Xenophon’s mirror of princes. Oxford: Oxford University Press, 2011.

JOURDAN, C. A. Métis: do reconhecimento do Mar Mediterrâneo ao domínio do Mar Egeu. Curitiba: Prismas, 2017.

KAGAN, D. The fall of the Athenian Empire. Ithaca: Cornell University Press, 1991.

KRENTZ, P. (Ed.). Xenophon Hellenika I-II.3.10. Warminster: Aris & Phillips Ltd.,1989.

LAFARGA, R. L. Comentario histórico de las Helénicas de Oxirrinco. Zaragoza: Institución Fernando el Católico, 2007.

LIDDELL, H. G.; SCOTT, R. A Greek-English Lexicon. Oxford: Oxford University Press, 1996.

MAINGUENEAU, D. Novas tendências em Análise do Discurso. Campinas: Pontes, 1997.

MALHADAS, D.; DEZOTTI, M. C.; NEVES, M. H. de M. (Coord.). Dicionário grego‑português. Cotia: Ateliê, 2010. v. 5.

POWNALL, F. Lessons from the past: the moral use of history in fourth-century prose. Ann Arbor: The University of Michigan Press, 2004.

VIEGAS, A. S. Discurso e formas narrativas sobre o belo corpo do herói em Homero: a bela morte e a preservação da vida numa perspectiva comparada. Dissertação (Mestrado em História) - Programa de Pós-Graduação em História Comparada, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.

Arquivos adicionais

Publicado

30-06-2019

Como Citar

ASSUMPÇÃO, Luis Filipe. A representação da ’mḗtis’ do esparciata Lisandro na Batalha de Egospótamo (405 a.C.). Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos, [S. l.], n. 13, p. 127–142, 2019. DOI: 10.17648/rom.v0i13.28067. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/romanitas/article/view/28067. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Tema livre