Burocracia e banalidade do mal: uma articulação entre os pensamentos de Weber e Arendt
Resumo
A pretensão nesse estudo é analisar o vínculo estabelecido por Hannah Arendt entre
(a) suas teorizações em torno do que chamou de “banalidade do mal”, na obra Eichmann em
Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal, e (b) a teoria da burocracia de Max Weber, na obra Economia e Sociedade. O propósito é elucidar o argumento arendtiano sobre as características específicas que indicam o aspecto universalizante dos princípios moralistas enunciados pelo oficial nazista Eichmann, em seu julgamento, bem como demonstrar o sintoma que este produziu, dado seu assujeitamento pela racionalidade burocrática do Terceiro Reich. Finalmente, o propósito é demonstrar para as áreas de ética e política a validade da análise de Arendt, análise esta que permitiu uma formulação teórica original sobre o mal e sua implicação na sociedade.
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