Heréticas à margem: os estabelecidos inquisidores e as bruxas 'outsiders'
Resumo
O presente artigo analisa historicamente os hereges e as heresias, particularmente a feitiçaria perseguida pela Inquisição portuguesa no período Tardo Medieval e Idade Moderna. Muitas mulheres foram acusadas de práticas desviantes que maculavam a ortodoxia religiosa. Quem determinava estas condutas consideradas fora da lei? O que legitima a criminalização de um grupo acusado de heterodoxo? As leis são filhas do tempo no qual foram produzidas e, portanto, é inequívoco o embate entre duas visões de mundo, de um lado, a concepção erudita dos juristas e teólogos os quais definem situações e comportamentos como “certos” ou “errados”; e do outro, a da cultura popular do povo supersticioso. Neste embate, as feiticeiras não tinham a mínima chance de saírem ilesas. As bruxas acuadas e punidas pelos tribunais do Santo Ofício eram mulheres que não se enquadravam na sociedade normativa imposta pela Igreja e pelo Estado? Viveram elas à margem das convenções sociais e determinaram ao seu bel prazer o próprio estilo de vida através de suas crenças e valores? Seriam as feiticeiras proscritas outsiders?Downloads
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Publicado
16-12-2018
Como Citar
PIERONI, Geraldo; MARTINS, Alexandre. Heréticas à margem: os estabelecidos inquisidores e as bruxas ’outsiders’. Revista Ágora, Vitória/ES, n. 26, p. 65–77, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/agora/article/view/18718. Acesso em: 18 nov. 2024.
Edição
Seção
Dossiê: Debates, polêmicas e conflitos: relações entre estabelecidos e ‘outsiders' no ocidente tardo antigo e medieval
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