“Vagaba Penha”: representações sociais e práticas de administração de conflitos de gênero nas delegacias de polícia de Campos dos Goytacazes

Autores

  • Suellen André de Souza UENF

Resumo

O artigo pretende analisar as práticas policiais de administração de conflitos de gênero em delegacias de polícia distritais da cidade de Campos dos Goytacazes a partir da execução da Lei 11.340/06 – Maria da Penha, que prevê a criminalização da violência e a proteção aos direitos humanos das mulheres no Brasil. Serão focalizados os conflitos entre diferentes representações sociais acerca da violência contra a mulher e como essas representações interferem no atendimento policial prestado as mesmas. Sancionada no dia 7 de agosto de 2006, a Lei 11.340 foi elaborada através de um demorado processo de discussões e audiências públicas, com a presença de inúmeros segmentos sociais, com o objetivo de acabar com a banalização da violência contra a mulher, a reprivatização dos conflitos de gênero e a descriminalização do mesmo, conforme ocorria nas práticas de mediação desses conflitos nos Juizados Especiais Criminais. Entretanto, a observação etnográfica realizada nas delegacias de polícia distritais da cidade de Campos dos Goytacazes apontou para o fato de que as representações tradicionais de gênero interferem nas formas de administração desse tipo de conflito, desqualificando-o como objeto de intervenção policial.

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Biografia do Autor

Suellen André de Souza, UENF

Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Sociologia Política da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF.

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Publicado

11-12-2018

Como Citar

DE SOUZA, Suellen André. “Vagaba Penha”: representações sociais e práticas de administração de conflitos de gênero nas delegacias de polícia de Campos dos Goytacazes. Revista Ágora, [S. l.], n. 22, p. 186–198, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/agora/article/view/13616. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Feminismos e Patriarcado