Os conflitos sociais enquanto reprodução e movimento dialético da formação social feudal no reino da França (1180-1226)
Abstract
Durante décadas a historiografia considerou a realidade feudal imersa em conflitos intestinos e, quase que desprovidos de lógica, anárquicos. Essa é uma perspectiva datada. A compreensão dos conflitos sociais no medievo avançou sistematicamente, todavia, ainda restam lacunas quanto ao seu papel político na organicidade do poder feudal. A partir do exemplo francês, o presente artigo terá por objetivo a exploração dos conflitos sociais, sobretudo a contradição essencial entre senhores e camponeses, como aspecto estrutural e estruturante da dinâmica do modo de produção feudal. Longe de compor uma ordem social anárquica, os conflitos sociais no reino francês configuram-se como o próprio cerne da dinâmica social, o movimento que compõe a articulação sistêmica do feudalismo.
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