Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra

ética e estética

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/e-2023340101

Palavras-chave:

Mímesis, ética, arte, ficção, história

Resumo

A proposta do artigo é a análise do livro Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de autoria de Mia Couto, tendo por problema a apreciação em duas dimensões: a face ética da morte e da relação entre homem e natureza, mediante análise bibliográfica, com recurso da hermenêutica. O exercício da mímesis não guarda relação com o falso, embora não esteja relacionado diretamente com a realidade. Justamente por isso, buscar a
resolução de ambos os problemas acaba por colocar a pessoa diante da tarefa histórico-filosófica, já que a obra de arte, como afirma Luiz Costa Lima, para dialogar com o interlocutor, guarda em si o verossímil. A linguagem romanesca é criadora de um mundo ficcional que, embora não exista no plano físico, contribui para perquirir em busca de uma ética que nos ajuda a compreender o mundo que nos circunda.

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Publicado

21-01-2023

Como Citar

VERSIANI PINTO, Adriano. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra: ética e estética. Revista Ágora, [S. l.], v. 34, n. 1, p. e-2023340101, 2023. DOI: 10.47456/e-2023340101. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/agora/article/view/38808. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

História e Literatura: limites e aberturas para o pensamento historiográfico