Como “ciência e arte”: estratégias de legitimação da farmácia e conflitos entre os praticantes de cura em Minas Gerais (1890-1899)
DOI:
https://doi.org/10.47456/e-2021320109Palabras clave:
Farmacêuticos, Minas Gerais, Brasil República, Práticas de curaResumen
Um dos aspectos abordados pela história da saúde se relaciona com o processo de profissionalização dos ofícios de cura e os conflitos com as demais práticas de cura. O artigo busca abordar como, na década de 1890, os farmacêuticos em Minas Gerais buscaram legitimar seu ofício e os conflitos com os demais tipos de curadores, em particular os práticos e os curandeiros. Nesse sentido, a partir do Minas Geraes, órgão oficial da Imprensa do Estado, entre 1889 e 1899, e as correspondências do Fundo Secretaria do Interior, do Arquivo Público Mineiro, procura-se mostrar como as mudanças ocorridas durante os primeiros anos da República no campo da saúde pública e os desdobramentos dos debates em torno das artes de curar no período marcaram a atuação dos farmacêuticos em Minas Gerais.
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