Mulheres trans, violência de gênero e a permanente caça às bruxas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47456/argumentum.v12i3.31355

Resumen

Neste artigo, a violência transfóbica será tratada no escopo da violência de gênero, compreendida como uma violência estrutural, que é histórica e sistemática, a partir de um processo permanente de caça às bruxas, expressão máxima do patriarcado junto com o colonialismo e o racismo, vinculada estruturalmente à acumulação primitiva. Em nossas análises, a transfobia não estará apenas no terreno da violência letal, mas, antes, em processos cotidianos e sistemáticos de violações de direitos, em face dos efeitos da mundialização do capital e da ofensiva ultraneoliberal em países de capitalismo periférico e dependente como o Brasil. Todos esses elementos são analisados como determinantes para a exclusão estrutural de pessoas trans, afirmando-se, também, que a violência transfóbica se realiza na medida em que as mulheres trans exercem resistência à matriz hegemônica de gênero.

Palavras-chave: Transfobia. Mulheres Trans. Violência de Gênero. Acumulação Primitiva. Crise do Capital.

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Biografía del autor/a

Silvana Marinho, UFRJ - Programa de Pós-Graduação em Serviço Social - PPGSS Nível Doutorado

Professora Substituta da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Doutoranda em Serviço Social no PPGSS/UFRJ, Área de Concentração em Cultura e Serviço Social. Mestra em Serviço Social pelo PPGSS/UERJ (2017), Área de Concentração em Trabalho e Política Social. Especialista em Gênero e Sexualidade pelo CLAM/IMS/ UERJ (2011) e em Políticas Públicas e Cultura de Direitos pelo NEPP-DH/UFRJ (2016). Formou-se em Serviço Social pela UFRJ (2009) e em Arquivologia pela UNIRIO (2007). Possui experiência como assistente social, pesquisadora, docente e consultora nas seguintes áreas: Serviço Social, trabalho e questão social, políticas púbicas e cidadania, violência e direitos humanos, relações de gênero e patriarcado, feminismo, diversidade sexual e direitos sexuais, infância e juventude, educação profissional juvenil, análise de indicadores sociais e diagnósticos socioeconômicos. Atualmente tem se debruçado na tematização identidades trans, cidadania e violência e na reflexão teórico-política das relações estruturais de gênero, raça/etnia e classe.

Publicado

24-12-2020

Cómo citar

Marinho, S. (2020). Mulheres trans, violência de gênero e a permanente caça às bruxas. Argumentum, 12(3), 86–101. https://doi.org/10.47456/argumentum.v12i3.31355