Prevalência da violência contra a mulher no Nordeste: uma questão de saúde pública
DOI:
https://doi.org/10.47456/bjpe.v6i7.33132Palavras-chave:
Violência. Mulher. Saúde PúblicaResumo
Introdução: A violência contra a mulher é um fenômeno global que não respeita raça, religião ou classe social. É caracterizada pelo uso de palavras ou ações que machucam as pessoas e podem resultar em ferimentos, sofrimento e mesmo morte. É um grande problema social que não conhece barreiras geográficas e dissemina-se por todo o mundo. Objetivo: Analisar a prevalência da violência contra a mulher no Nordeste e seus impactos sobre a saúde pública. Metodologia: revisão integrativa da literatura, na qual foram utilizadas as bases de dados LILACS e SCIELO para pesquisa através dos Descritores em Ciências da Saúde. Como critérios de inclusão foram selecionadas as publicações em português e inglês, disponíveis na íntegra e compreendidas no recorte temporal dos últimos 7 anos. Conclusão: os resultados apontaram que a violência contra a mulher configura um grave problema social, mas que a cada dia se torna também um grave problema de saúde pública. Os serviços ofertados pela Atenção Primária à Saúde são imprescindíveis para a identificação de situações de violência contra as mulheres. Para que processo de identificação seja exitoso é preciso que os profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento sejam adequadamente capacitados. Muitos médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde não estão familiarizados com o tema. Há também profissionais que identificam prontamente a situação de violência, mas se sentem impotentes. Muito frequentemente a própria vítima não considera que a violência doméstica deva ser tratada e reconhecida como problema relacionado ao sistema de saúde.
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