Considerações sobre o desenvolvimento sustentável na economia familiar do Espírito Santo
DOI:
https://doi.org/10.47456/bjpe.v6i9.35335Palavras-chave:
Agricultura familiar, Agrotóxico, Nível de escolaridade, Espírito Santo.Resumo
A agricultura familiar se difere do modelo de uma empresa agrícola, tendo como objetivo principal atender inicialmente às necessidades básicas da família, buscando equilibrar o uso dos recursos naturais e atuando ativamente no processo de transição para uma agricultura sustentável. O uso de agrotóxicos é um fator importante para o alcance de níveis maiores de produtividade. Porém, essa utilização vem ocorrendo de maneira indiscriminada, onde na maioria das vezes não se tem conhecimento dos danos à saúde e ao ambiente que esses produtos podem ocasionar. O presente trabalho se trata de uma análise bibliométrica envolvendo a agricultura familiar sobre sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, bem como verificar a relação com o fator renda e o nível de educação, e ainda a partir dos dados do Censo Agropecuário 2017. Na seção de resultados pôde-se observar as principais práticas que promovem ou não a sustentabilidade das famílias. Conclui-se então, que: o uso de químicos nas lavouras é menor na medida em que se aumenta o nível de escolaridade; a utilização de agrotóxicos de forma indiscriminada junto à deficiência de informação acarreta graves problemas ambientais e para a saúde da população
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