Diálogos interculturais e narrativa épica no “Romance brasiliense” Gupeva, de Maria Firmina dos Reis

Autores

  • Claudia Letícia Gonçalves Moraes Universidade de Brasília - UnB
  • Danglei de Castro Pereira Universidade de Brasilia - UnB

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.30141

Resumo

RESUMO: O presente trabalho objetiva apresentar uma investigação sobre o conto indianista Gupeva (1861-2), da escritora maranhense Maria Firmina dos Reis (1825-1917), enfocando a imagem do índio engendrada pela autora. Como uma escritora romântica de seu tempo, Maria Firmina arquitetou, no conto em análise, um ideário de nação por meio da abordagem da temática indígena. Assim, o encontro da cultura europeia com a cultura indígena surgirá como ponto de análise, no sentido de registrar a contribuição da autora ao pensamento social brasileiro do período e de marcar o seu ideário acerca da questão nacional. A literatura da autora ganha relevância ao se propor problematizar a realidade em que está inserida, dando protagonismo a Gupeva, que é uma das personagens do texto de Santa Rita Durão (Caramuru). Para fundamentação deste trabalho serão utilizados autores como Cândido (2007), Mendes (2006) e Morais Filho (1975) a fim de compreender de que maneira a autora intenta construir literariamente uma épica que ilustre a formação de nossa nação. Gupeva apresenta uma narrativa que põem em relevo elementos do Romantismo como o refúgio no passado, e a reinvenção do bom selvagem, centrando suas atenções no diálogo entre culturas.

PALAVRAS-CHAVE: Maria Firmina dos Reis. Diálogos interculturais. Século XIX. Temática
indígena.

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Publicado

27-10-2020