Leitura e tradução da obra da poeta indígena canadense Joséphine Bacon

Autores

  • Bartira Zanotelli Dias da Silva UFES
  • Ramundo Nonato Barbosa de Carvalho UFES

DOI:

https://doi.org/10.47456/contexto.v1i42.38351

Resumo

RESUMO: Joséphine Bacon é uma voz marcante da poesia indígena canadense francófona contemporânea. O seu último livro recebeu dois importantes prêmios literários em 2019. Além disso, a sua trajetória de vida foi recentemente retratada em filme documentário premiado em festivais internacionais. A autora foi separada de sua família na infância teve uma vida dividida entre a cidade de Montréal e as reservas indígenas, entre falar francês e se reapropriar de sua língua materna. Bacon descobre sua voz na poesia, e afirma sua vontade de ser poeta da tradição oral, como os Anciões (com A maiúsculo), “raça” da qual, agora, ela faz parte (BACON, 2018). Nosso objetivo é apresentar uma reflexão sobre a importância de ler e traduzir a poesia de Bacon para a divulgação e sensibilização da história dos povos indígenas americanos, e para a valorização das vozes femininas na poesia indígena contemporânea.

PALAVRAS-CHAVE: Joséphine Bacon; Literatura indígena; Literatura francófona; Poesia contemporânea.

 

REFERÊNCIAS

BACON, Joséphine. Uiesh - Quelque part. Montreal : Mémoire d’encrier, 2018.

CARVALHO, Raimundo. Um Ramo de Ouro para Virgílio, in: Todos os poemas o poema. Alexandre Curtiss, Raimundo Carvalho, Wilberth Salgueiro, organizadores. - Vitória : EDUFES, 2014

ENTREVUE Joséphine Bacon: La poésie et les rêves. Entrevistadores: Serge Bouchard e Jean-Phillippe Pleau. Entrevistada : Joséphine Bacon. Radio Canada, 14 out. 2019. Podcast. Disponível em: https://ici.radio-canada.ca/premiere/emissions/c-est-fou/segments/entrevue/138035/josephine-bacon-reves-poesie-innue Acesso em: 02 mar. 2020.

GATTI, Maurizio. Littérature amérindienne du Québec. Écrits de langue française. Montreal : Éditions Hurtubise, 2004.

JE m’appelle humain. Filme. Direção de Kim O’Bonsawin. Montréal: Maison 4/3, 2019.

KAPESH, An Antake. Je suis une maudite sauvagesse. Montreal : Mémoire d’encrier, 2019.

LE FILM sur Joséphine Bacon : Je m’appelle humain, récompensé de plusieurs prix. Reportagem. Radio Canada, Quebéc, 8 out. 2020. Disponível em: https://ici.radio-canada.ca/nouvelle/1739682/film-je-m-appelle-humain-josephine-bacon-prix#:~:text=Le%20VIFF%2C%20qui%20s'est,qui%20s'est%20cl%C3%B4tur%C3%A9%20dimanche Acesso em: 2 nov. 2020.

LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas [online]. 2014, v. 22, n. 3. p. 935-952.

MÉMOIRE d’encrier : Catalogue : Joséphine Bacon. Site da editora Mémoire d’Encrier. Quebec, 2020. Disponível em: http://memoiredencrier.com/josephine-bacon/ Acesso em: 02 mar. 2020.

OLIVIERI-GODET, Rita. Vozes de mulheres ameríndias na literatura brasileira e quebequense. Rio de Janeiro: Makunaima, 2020.

TORRES, M.H.C. As traduções e seu funcionamento nas culturas. In: FALEIROS, A.; MOUZAT, A.; ZAVAGLIA, A. (Org.). A tradução de obras francesas no Brasil. 1. ed. São Paulo: Annablume, 2011. p. 17-27.

UNESCO. 2019: International Year of Indigenous Languages. Site informativo da Unesco/ONU. 2018. Disponível em: https://en.iyil2019.org/ Acesso em: 02 mar. 2020.

VITENTI, Lívia Dias Pinto. Legislação indigenista canadense e poder tutelar: o caso atikamekw in: Anuário Antropológico. Brasília: UnB, 2017, v. 42, n. 1, p.171-193.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

22-12-2022