ENTRE MARGENS E CENTROS: A POESIA URBANA DE MANO SOLANO E OUTROS MANOS
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.8730Abstract
RESUMO: Transitando simultaneamente dos códigos da escrita para os da oralidade e da comunicação não verbal, diversos momentos poéticos de Solano Trindade traduzem aquilo que Édouard Glissant (1981) identificaria como o limiar entre a sintaxe da escrita e o ritmo da fala. Ambientadas no cenário da cidade, leituras dessa poesia podem sugerir um exercício que, por ultrapassar os limites da página escrita, sinaliza a corporeidade do gesto, conduzindo a recepção individualizada e passiva para um ato performático, interativo e coletivizante, como ocorre no Hip Hop. Poeta e performer, Trindade dialogou com outros escritores afro-descendentes das Américas, a exemplo de Nicolás Guillén e sua poesía-son, além de ter antecipado em alguns anos o rap, modalidade poético-musical afro-descendente e urbana que, juntamente com a poética de Solano, constitui objeto de análise no presente estudo.
PALAVRAS-CHAVE: Poesia brasileira contemporânea – Solano Trindade. Solano Trindade – Poesia urbana. Poesia e performance.
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